São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996
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Negócios da família somam US$ 1,2 bi

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O valor estimado dos negócios da família Forbes chega a quase US$ 1,2 bilhão, do qual cerca de 35% pertencem a Steve Forbes.
O principal elemento do império é a publicação que leva o nome da família. Desde 1992, "Forbes" é a revista com maior número de páginas de publicidade nos Estados Unidos: 4.452 em 1995.
"Forbes" foi fundada pelo avô de Steve Forbes, o filho de um imigrante escocês, em 1917.
Mas só começou a se tornar uma importante revista de negócios 40 anos depois, quando seu pai resolveu se dedicar a ela.
Malcolm Forbes Sr. perdera as eleições de 1952 e de 1956 para o governo de Nova Jersey e, desiludido com a política, decidiu aumentar o capital da família: aposentou o irmão, Bruce, que tocava a revista, e a assumiu.
Além de aumentar a publicidade e a circulação de "Forbes" (atualmente de 765 mil exemplares quinzenais), ele comprou outros títulos (entre eles o da "American Heritage") e uma cadeia de jornais semanários.
Foi Forbes Sr. também quem iniciou os negócios imobiliários nos Estados de Missouri e Colorado, no oeste dos Estados Unidos, responsáveis por boa parte do faturamento familiar atual.
Ele adquiriu ainda grandes propriedades em Londres, na Normandia e no Marrocos e a ilha de Laucala, no Pacífico Sul, uma das ilhas Fiji.
Laucala é agora um grande complexo turístico, onde por US$ 2.100 por pessoa é possível se hospedar e desfrutar, além de praias exclusivas, de quadras de tênis e vôlei e excelentes restaurantes.
Steve Forbes foi quem deu partida à exploração turística de Laucala. Seu pai costumava usar o local apenas para deleite próprio e de seus convidados.
O iate Highlander, no qual Forbes Sr. navegou no rio Amazonas, o avião Ferramenta Capitalista, as coleções de motocicletas e balões realizadas pelo pai são outros itens da fortuna familiar.
Com a campanha presidencial, Steve Forbes passou o comando do império ao seu irmão Tim, de 41 anos. A não ser que consiga o milagre de se eleger, no entanto, ele vai voltar à direção em meados deste ano.
Seu maior objetivo empresarial, segundo dizia antes de se lançar na vida política, é transformar "Forbes" na revista de negócios de maior circulação nos EUA (atualmente perde para "Businessweek" e "Fortune").
(CELS)

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