São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996
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Montadoras investem US$ 2 bi na Argentina até o ano 2000

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

A indústria automobilística argentina atraiu, durante 1995, US$ 3,4 bilhões, segundo levantamento da Fundação Investir, de Buenos Aires. Deste total, cerca de US$ 2 bilhões devem ser injetados no decorrer dos próximos quatro ou cinco anos.
O anúncio de investimentos ocorreu em um ano de negociações conturbadas com o Brasil para a definição de um acordo bilateral, assinado no último dia 22. Essas negociações, pelo lado argentino, foram conduzidas pelo Ministério da Economia, dirigido pelo ministro Domingo Cavallo.
O anúncio também se deu em um período de queda na produção e venda interna de carros. A Argentina fechou 1995 com um total de 285,2 mil veículos fabricados -o que representa queda de 30% em relação ao ano anterior.
As vendas de veículos nacionais no mercado interno caíram ainda mais, 37%, apesar das promoções e descontos de até 40% nos preços dos carros nas concessionárias.
No ano passado, oito empresas do setor investiram na instalação ou ampliação de plantas industriais na Argentina.
A Ford injetou US$ 1 bilhão na modernização de sua fábrica local. Pretende abastecer o Mercosul com uma nova versão do Escort e a picape Ranger.
A partir de 1997, a Fiat deverá montar seus modelos na nova fábrica que está construindo em Córdoba, com investimento de US$ 842 milhões e criação de 5.000 postos de trabalho.
Também de olho do Mercosul, a General Motors deverá investir US$ 300 milhões na construção de uma fábrica em Rosário, que começa a operar em setembro de 1997. Terá capacidade de produzir 85 mil veículos por ano e deve empregar 1.300 trabalhadores.
A GM já havia aplicado US$ 120 milhões na construção de uma fábrica em Córdoba em 1994, onde estão sendo montados cinco modelos de picapes.
Já a Ciadea, fabricante da marca Renault, investiu US$ 500 milhões no desenvolvimento de novos modelos.
Também foram concretizados investimentos da Volkswagen da ordem de US$ 260 milhões. No mesmo período, a Toyota injetou US$ 150 milhões, segundo dados da Adefa (Associação de Fábricas de Automotores). Ambas estão construindo novas fábricas.
A Chrysler também decidiu investir US$ 100 milhões em uma linha de montagem na Argentina. A Mercedes-Benz colocou US$ 80 milhões em um projeto de desenvolvimento de um modelo utilitário e na modernização de sua planta industrial.

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