São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Amorim acha normal queda no 2º tempo
MÁRIO MOREIRA
O jogo marcou a estréia do Corinthians no Paulista-96. "A queda foi normal por estarmos em início de temporada, quando os jogadores têm um desgaste maior", disse Amorim. "Em todo caso, o importante numa estréia é não perder", acrescentou, declarando-se satisfeito com o desempenho da equipe. "Os jogadores ainda vão melhorar muito fisicamente." "Numa estréia, é difícil falar o que acontece. Mas, pelo que o pessoal sofreu durante a semana, até que o nosso primeiro tempo foi bom", disse o volante Zé Elias. O "sofrimento" a que o jogador se referiu foi a sequência de quatro jogos em cinco dias -dois amistosos e dois pelo Torneio de Verão, em Santos. Para o volante Bernardo, o forte calor de sábado em Ribeirão Preto pode ter afetado o rendimento físico do time no segundo tempo. "Tivemos uma caída brusca." Apesar disso, ele acha que o Corinthians foi superior ao Botafogo. "Fechamos bem os espaços, criamos mais chances e ainda ficamos com um a mais, depois da expulsão do Douglas. Por isso, o resultado não foi o que queríamos." Eduardo Amorim disse que substituiu o atacante Róbson por João Paulo no intervalo porque o titular estava mal fisicamente. "Ele chegou ao Corinthians com 4 kg acima do peso e teve poucos dias de treino." Apesar disso, Róbson deve começar jogando novamente na quarta-feira, contra o Araçatuba. Em relação à saída de Souza no segundo tempo, Amorim afirmou que o jogador pediu para ser substituído, alegando câimbras. O atacante Edmundo, chamado de "assassino" pela torcida local -referência à acusação de homicídio triplo não-intencional num acidente de carro no Rio-, pareceu se incomodar quando indagado se ficara irritado com o fato. "Não, pô!", disse apenas, enquanto caminhava apressadamente, cercado de seguranças, para o ônibus do Corinthians. Um minuto depois de ser provocado pela torcida, Edmundo chutou uma bola na trave e, no rebote, Marcelinho fez 2 a 1. Imediatamente, o atacante correu em direção à arquibancada com o dedo indicador sobre a boca, num gesto para a torcida se calar. O meia-atacante Marcelinho disse que, apesar da falta de entrosamento com Edmundo, o companheiro "facilita muito". "Ele segura a bola, parte para cima e não se esconde", afirmou. Texto Anterior: Portuguesa vence com 3 gols de cabeça Próximo Texto: ANTEONTEM Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |