São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996 |
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Protesto de judeus etíopes contra racismo deixa 30 feridos em Israel
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Milhares de judeus etíopes protestaram ontem em frente ao gabinete do primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, em Jerusalém, contra o que eles consideram "racismo israelense contra os negros".O confronto com a polícia de Israel resultou em ferimentos, causados por paus e pedras, em pelo menos 30 policiais. Os líderes da comunidade de judeus negros organizaram a manifestação após a notícia de que os bancos de sangue estariam destruindo as doações de sangue feitas pela comunidade, por medo de que estivessem contaminadas com o vírus HIV, causador da Aids. A notícia teria sido confirmada por autoridades a um jornal local. O índice de judeus etíopes contaminados com o HIV seria 50 vezes maior que na média da população. Cerca de 60 mil judeus negros, vindos da Etiópia, vivem em Israel como cidadãos. Durante a manifestação, cartazes traziam frases de protesto contra a atitude das autoridades israelenses: "Embora nossa pele seja negra, nosso sangue é tão vermelho quanto o de vocês, e nós somos tão judeus quanto vocês". Após várias horas de violência, Peres recebeu uma comissão dos manifestantes. "O primeiro ministro Shimon Peres se desculpou em nome do governo de Israel e disse que nenhum membro do governo sabia a respeito do caso", afirmou Aliza Goren, porta-voz do premiê. Palestinos O governo palestino de Iasser Arafat liberou ontem 16 militantes do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) como um "gesto de boa vontade", afirmou um representante palestino. Texto Anterior: Farrakhan ataca brancos africanos Próximo Texto: Papa quer jornalistas mais responsáveis; Iemen consegue acordo para soltar franceses Índice |
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