São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996
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Morde e assopra; Marcando posição; De um jeito ou de outro; Barato sai caro; Empreiteiras chiam; Interim; Supremo plantão; Pequeno detalhe; Véu; Casados; Receita e despesa; Termômetro; Em campanha; Primeiro passo; Alívio; Base eleitoral; Se a moda pega

DE UM JEITO OU DE OUTRO

Morde e assopra
Não adiantaram as ameaças da CUT de sair da negociação se a reforma da Previdência começar a ser votada esta semana. O governo vai a voto. Mas FHC deve fazer um novo gesto em direção a Vicentinho. Para mantê-lo próximo.

Marcando posição
A pressão da Articulação Sindical sobre Vicentinho para ele recuar no acordo da Previdência é política. A corrente sabe que seus rivais internos vão usar o caso no congresso nacional da central e teme, com isso, perder sua maioria.

A semana vai ser agitada em Brasília. Se não for por causa da votação da Previdência, será por outro motivo: Itamar chega hoje à capital. Participa do almoço em homenagem ao escritor José Saramago. Deve ver FHC depois.

Barato sai caro
Tudo continua igual na Comissão de Orçamento. Relator, Iberê Ferreira deve ceder à pressão dos partidos a estabelecer uma cota informal de R$ 1,6 milhão por deputado para acolher emendas. A bancada do PTB já foi até avisada.

Empreiteiras chiam
O ministro Klein (Transportes) recebe hoje as empresas que fazem obras em estradas. Vão reclamar os US$ 700 milhões de verbas empenhadas em 95 para pagar obras já feitas e que sumiram num decreto de 26 de dezembro.

Interim
Eujácio Simões (PL-BA) está pleiteando junto ao TCU que os repasses da União a Estados e municípios voltem a ser integrais, como eram antes do Fundo Social de Emergência. O FSE acabou e seu substituto ainda não foi aprovado.

Supremo plantão
Apesar da curta interinidade à frente do STF, o ministro Celso de Mello não pode reclamar de tédio. Várias ações polêmicas estouraram na sua mão no período. Resultado: foi trabalhar no domingo e só saiu às 2h30 de segunda.

Pequeno detalhe
O TSE mandou aviso aos TREs para fazerem uma inspeção técnica dos locais de votação que serão usados em outubro, na primeira eleição geral informatizada. Só faltava, na hora H, não ter tomada para ligar a máquina de votar.

Véu
Relator do Sivam, Ramez Tebet atrasou a entrega de seu parecer e o fim do caso. Diz que é porque casou a filha no fim-de-semana. "Eu sei como a noiva fica nervosa". No Senado, se diz que o nervosismo é outro: ele quer apoio.

Casados
"Se o Senado não aprovar o Sivam até o Carnaval será uma esculhambação. Só não renuncio à presidência da comissão para não aumentar o problema", diz ACM. Detalhe: o desfecho do caso Econômico também está atrasado.

Receita e despesa
Depois de São Paulo e Brasília, ontem foi a vez do Rio. Troca de superintendente da Receita: saiu Serafim Cipriano, entrou Paulo Aviz. De quebra, mudam quatro delegados e o inspetor do Galeão. O PPB de Dornelles vai gostar.

Termômetro
A conclusão de um seminário da Fundação Pedroso Horta na sexta-feira em São Paulo vai definir a posição mais ou menos governista do PMDB. Sarney, Quércia, Paes de Andrade e Jáder discutem Plano Real e desemprego.

Em campanha
Covas também defende a participação de ministros na campanha municipal deste ano. Discute o assunto hoje com Serjão e com o tucano paranaense José Richa.

Primeiro passo
O Conselho de Reforma do Estado, órgão de "notáveis" criado por FHC para propor uma reengenharia na máquina pública brasileira, reúne-se hoje pela primeira vez. Será definida a pauta.

Alívio
O PT recebeu do TSE sua cota no fundo partidário referente ao último trimestre de 95: R$ 1.239.000. Um terço vai para pagar parte da dívida da campanha de 94, que é de R$ 2 milhões.

Base eleitoral
O PT mostra sua proposta de reforma administrativa quinta na Câmara. Alguns pontos para o funcionalismo: contrato coletivo de trabalho, conselho da sociedade civil para avaliar demissões, estabilidade e isonomia salarial.

Se a moda pega
O ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega se surpreendeu em recente viagem às Ilhas Cayman. Descobriu que o correspondente local ao seu antigo cargo é permanente. O ministro só sai quando se aposenta. Quase igual ao que acontece no Brasil.

TIROTEIO
- Recuar agora é pior. A tática da obstrução já foi derrotada. O melhor é enfrentar o governo negociando. Ou a oposição muda a linha, ou vai para o buraco.

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