São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996 |
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Começa eleição para o chefe do Ministério Público de SP
DA REPORTAGEM LOCAL Começou ontem a eleição do novo procurador-geral de Justiça de São Paulo. Cerca de 1.500 procuradores e promotores escolherão os nomes para compor a lista tríplice que será encaminhada ao governador Mário Covas.O resultado sairá em 7 de fevereiro, último dia da eleição. Os integrantes do Ministério Público poderão votar pessoalmente ou por carta. Ontem, 190 pessoas votaram na sede da instituição, no centro de São Paulo. Desde a gestão de Franco Montoro (83-87), o governador do Estado costuma escolher o nome mais votado pela classe. O tucano Mário Covas pode quebrar a tradição. Ele tem afirmado que a Constituição do Estado lhe dá a prerrogativa de indicar qualquer um dos integrantes da lista tríplice. Os dois candidatos principais são José Emmanuel Burle Filho, atual procurador-geral, e Luiz Antonio Guimarães Marrey, do grupo que se fortaleceu na oposição do Ministério Público a partir do início da década de 90. O procurador Plínio Gentil registrou sua candidatura para que fosse atingido o número mínimo de três nomes. Ele apóia Marrey e, segundo a oposição, sua candidatura não é para valer. Burle ganhou a última eleição, em 94, por 12 votos de diferença em relação ao candidato da oposição Luiz Carlos Galvão de Barros. Ele se afastou do cargo de procurador-geral no início de janeiro para poder concorrer à reeleição. O procurador-geral tem o poder de investigar e iniciar ações contra os governadores do Estado sob acusação de malversação de recursos públicos. Também chefia uma instituição que tem papel fundamental na defesa da sociedade. De acordo com a Constituição, o Ministério Público é responsável, entre outras coisas, pela defesa do meio ambiente, do consumidor e do patrimônio histórico, artístico e cultural. Texto Anterior: Supercomissão adia decisão Próximo Texto: Polícia Federal prende ex-major em Pernambuco após 12 anos de fuga Índice |
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