São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996
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Inflação da Fipe sobe e supera 2%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A inflação voltou a subir em São Paulo e atingiu 2,07% na terceira quadrissemana de janeiro, a maior taxa das últimas 21 quadrissemanas. Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Esses 2,07% podem ser, no entanto, a maior taxa a ser registrada em 96. Pelos cálculos de Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, a taxa deve se estabilizar ou até cair na última semana do mês.
A partir de fevereiro, a inflação começa a recuar mais acentuadamente, ficando próxima a 1% no mês. Para 96, Heron do Carmo prevê 13%.
Alimentação e educação foram os únicos setores de pressão da taxa. Juntos, representaram 1,07 ponto percentual dos 2,07% da taxa média. Os alimentos subiram 2,04%. As maiores altas no setor ficaram para os produtos "in natura" (6,55%).
Os semi-elaborados, com a queda de preços do feijão e das carnes, ficaram 2,01% mais caros na terceira quadrissemana, abaixo dos 2,32% do período anterior.
Na terceira quadrissemana foram comparados os preços médios dos últimos 30 dias terminados em 23 de janeiro com os 30 imediatamente anteriores.
Educação liderou as altas na quadrissemana, com aumento médio de 12,01%. Matrículas e mensalidades escolares tiveram reajustes de 14,62%. Os aumentos devem continuar na última semana de janeiro.
Em fevereiro, educação e alimentação param de subir e devem ser os principais itens a derrubar a taxa de inflação.
No setor de habitação, a tendência também é de queda, apesar da pressão dos serviços públicos -o que só deve acabar no final de março. A queda da taxa se deve à pressão menor de aluguel.
Heron do Carmo prevê redução da taxa também nos gastos com transporte, saúde e despesas pessoais. Vestuário voltou a cair (-2,2%), mas é difícil prever o comportamento do setor nas próximas semanas, diz o economista.

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