São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996 |
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Paulista homenageia ano de Olimpíadas
MATINAS SUZUKI JR.
O Palmeiras jogou em casa contra a frágil teenbolada da Ferroviária. OK. Já o Corinthians quase ganhou, no campo do adversário, de um time superior à Ferroviária, o suspeito Botafogo, com um meio-campo de muita mobilidade. Porém, a formatação alvinegra deixou no ar muitas dúvidas, dúvidas aliás expressadas pelo Edmundo após o jogo. Marcelinho, em que pese os dois gols, recuou demais e Edmundo ficou mesmo muito isolado à frente. O Santos, sem Jamelli, mas com a promessa Kennedy, cumpriu seu papel. O São Paulo, no dilúvio, diluiu-se e foi prejudicado pelo juiz. Não vi a Lusa, mas ela obteve, fora de casa, o melhor resultado entre os grandes. No mais, só um zero a zero, 2,75 gols por jogo, belos gols, já uma briga pela artilharia na largada. Surpresa? A pixotada, em casa, do Guarani. * Alô, alô, seu Nabi. Dos jogos que eu vi, apenas no empate por um gol entre o Rio Branco e o São Paulo foi respeitado o vosso regulamento que prevê calções e meias de cores diferentes nos uniformes de dois times que se enfrentam. Assim mesmo, pelo que sei, por interferência do técnico Telê Santana, que é preocupado com as pequenas diferenças que farão grande o futebol brasileiro (Deus, como se sabe, está nos pequenos detalhes de nós dois). O Botafogo poderia ter jogado com meias vermelhas (como fez o Bangu, que foi goleado pelo Fluminense) ou pretas (como faz o São Paulo, de cores e uniforme semelhantes aos do time de Ribeirão Preto) contra o Corinthians. O belo uniforme (já o futebol não merece o mesmo adjetivo) da Ferroviária, da Morada do Sol onde o Jean-Paul Sartre esteve, ficaria mais belo ainda com uma pequena inversão. O calção deveria ter o mesmo fundo grená da camisa e das meias, com a ondulação em branco. Ficaria mais vistosa ainda a indumentária araraquarense e facilitaria a vida do juiz, dos jogadores, dos torcedores em campo e dos telespectadores. Como a TV está investindo bastante nas coberturas ao vivo de jogos de futebol, seja nos canais abertos, seja nos pagos, é preciso que os clubes entrem definitivamente na era do espetáculo. A tabela já está aí. Todo mundo sabe contra quem vai jogar. Basta uma consulta à Federação um dia antes do jogo e se fará um acerto para ver quem muda o uniforme (aliás, já não existe um acerto prévio para saber qual camisa será usada? É só prorrogar esse acordo para o resto da farda de cada time). No futebol de hoje não existe mais lugar para superstições ou tradicionalismos irracionais. Estamos no mundo show, digo, do gol business. Let's gol. Texto Anterior: Microestádio preocupa Brasil no Pré-Olímpico Próximo Texto: A volta de Magic Índice |
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