São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996 |
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Siciliano se divide em quatro novos selos
ELVIS CESAR BONASSA
A marca Siciliano desaparece das capas dos livros. Permanece apenas na rede de livrarias. Os novos selos vão funcionar como editoras independentes, com estrutura própria de administração e decisão editorial. Elas estarão ligadas empresarialmente à Agência Siciliano, que se torna um holding editorial. A Siciliano surgiu em 1928, como livraria. Há cerca de dez anos entrou no mercado editorial. Seu catálogo reúne, hoje, cerca de 500 títulos. O selo Mandarim será dedicado a ficção, não-ficção e ensaios, o top-line da nova estrutura. Os primeiros volumes com a marca estão saindo agora. Os lançamentos iniciais são "Por Que as Mulheres Precisam de Chocolate" (Debra Waterhouse), "Passaporte para o Futuro" (Marcelo Leão Borges) e "Zenzele, Uma Carta para Minha Filha" (Nozipo Marraire). Este último é um lançamento simultâneo em vários países. Caramelo é o selo de literatura infantil. Os primeiros livros com esta nova marca estarão no mercado em março. Futura reúne os volumes dedicados a negócios e administração. Começa a aparecer também em março. Já nas livrarias, estão os livros com a marca Berkeley, de informática. A Berkeley funcionava como uma editora independente, no Rio. Foi adquirida há dois anos e integrada à estrutura da empresa. A criação dos selos foi uma opção editorial do dono da Siciliano, Oswaldo Siciliano. O catálogo da editora trazia publicações em diversas áreas, já com as divisões correspondentes. Essa divisão do catálogo foi o embrião da nova estrutura. Os nomes adotados agora vão ordenar, do ponto de vista do leitor e do mercado, os diferentes tipos de publicação. Outra vantagem trazida pelos selos diferenciados é a desvinculação entre a editora e a rede de livrarias Siciliano. Os selos editoriais ganham vida e personalidade próprias. Na estratégia da editora, a criação dos selos vai abrir a possibilidade de consolidar as marcas nas diferentes fatias de mercado, de forma independente. Os selos poderão tentar se fixar e se expandir, cada um em seu nicho editorial, sem depender das outras áreas. Segundo Oswaldo Siciliano, dono da empresa, a Mandarim deverá lançar de seis a oito títulos por mês. A Berkeley, que já possui cerca de 300 títulos em catálogo, sairá com sete títulos mensais. A Futura, de três a quatro lançamentos/mês. Oswaldo Siciliano afirma que as novas editoras significam a decisão de aumentar a participação no mercado editorial. "A tendência é que as novas marcas tomem corpo", afirma. As novas editoras nascem também, segundo Oswaldo Siciliano, com o objetivo de aprimorar a qualidade editorial. "'Os Diários de Vargas', que lançamos no final do ano, ainda com o selo Siciliano, já saiu com papel diferenciado, numa edição mais elegante", afirma. Texto Anterior: Morre na França aos 84 desenhista de Tarzã; Filme 'Nadie Hablará...' recebe oito Goyas; "Cats" bate recorde mundial de apresentações; Berlim homenageia cinema mudo da AL Próximo Texto: Goebel reconstrói o conceito de barroco Índice |
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