São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 1996
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Pequim rejeita acabar com os testes nucleares antes de acordo

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

A China declarou ontem que vai continuar seus testes nucleares até a adoção de um acordo mundial que regulamente o fim dessas explosões. Com essa política, ela representa a única potência nuclear que não aderiu a uma moratória de testes para armas atômicas.
Anteontem, a França anunciou a suspensão de seus testes, retomados em setembro de 1995. Desde então, o país fez seis testes no Pacífico Sul. O governo chinês não quis comentar a decisão francesa.
A China já havia se recusado a aderir à moratória. O país alega que os testes são necessários para modernizar seu arsenal nuclear, o menor e menos sofisticado entre as potências nucleares (EUA, Rússia, França, Reino Unido e China).
Pequim disse concordar com a adoção neste ano de um acordo para formalizar o fim dos testes. Mas estima-se que, antes disso, o país realize mais duas explosões.
Em 1995, a China promoveu dois testes. O país já fez 43 explosões nucleares desde 1964.
A China argumenta que seu arsenal nuclear tem "objetivos puramente defensivos". Prometeu usar armas nucleares apenas em resposta a um ataque.

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