São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996 |
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Governo prejudicou bancos, diz pesquisador
GILSON SCHWARTZ
Há uma quantidade apreciável de relatórios e livros novos sendo distribuídos nessa reunião do FMI sobre problemas bancários em mercados emergentes. Uma das teses predominantes diz que há incapacidade gerencial nos bancos centrais de países em desenvolvimento. As autoridades, como o ministro Pedro Malan, rebatem dizendo que há séculos existem quebras bancárias ou que elas ocorrem em todos os lugares, mas principalmente, no caso do Brasil, atribuindo os problemas ao fim das "receitas inflacionárias". Troster rebate essas idéias. Apurando a metodologia, ele diz que "há uma atrofia ao invés de um inchaço" do sistema bancário no Brasil. A experiência internacional mostra que a queda da inflação favorece o crescimento do sistema. Para o pesquisador da Fipe, a conclusão mais importante de seu trabalho é "que o uso inadequado de instrumentos de política econômica causou a crise". Uma perda de horizontes de ganho (como resultado do fim da inflação alta) poderia provocar um ajuste gradual, nunca um ajuste violento. No seu trabalho, Troster conclui que a participação dos bancos no PIB é da ordem de 1% a 3,7%, contra estatísticas do IBGE que chegam a 7,7% em 1995 e 25% em 1989. Texto Anterior: Malan descarta inflação zero a curto prazo Próximo Texto: Ford inicia produção do Ka no país em junho de 97 Índice |
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