São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996 |
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Bancários decidem manter a paralisação
SÉRGIO LÍRIO
Cerca de 500 bancários participaram da assembléia realizada ontem em São Paulo. Em menos de uma hora, os grevistas decidiram rejeitar a proposta da Fenaban e continuar a greve iniciada na quinta-feira. As assembléias em outros Estados acontecem hoje e devem repetir a decisão dos grevistas de São Paulo, segundo a CNB (Confederação Nacional dos Bancos). A nova proposta da Fenaban, apresentada anteontem aos bancários, oferece aumento de 10% e reajuste de 12% no piso salarial. Além disso, a Federação daria um abono de 40% sobre os salários reajustados. Na proposta anterior, a Fenaban oferecia aumento de 8% e reajuste de 10% no piso salarial. Os bancos também mantiveram na proposta o abono de 60% sobre os salários, mais R$ 270, como participação nos lucros e resultados, a ser pago em fevereiro de 97. Insuficiente Segundo a CNB, a proposta é insuficiente. Os bancários querem reposição de 21,08%, mais 6,7% de produtividade, e 40% de aumento nos pisos salariais. Os grevistas pretendem ampliar as paralisações a partir de hoje para pressionar os bancos a melhorar a proposta. "Vamos intensificar a mobilização e a paralisação deve ser ampliada a outros bancos", disse o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo João Vaccari Neto. Ontem, a maioria das agências localizadas na região da av. Paulista funcionou normalmente. Os piquetes se concentraram em três agências do Unibanco e reuniram poucos bancários. Na região central de São Paulo, o movimento foi maior. Cerca de 50 bancários participaram dos piquetes na rua Boa Vista, área de concentração de agências bancárias, e mantiveram as principais agências fechadas. A estratégia dos grevistas tem sido concentrar as ações em regiões específicas da cidade e em agências de cinco bancos -Real, Itaú, Bradesco, Unibanco e Bamerindus-, que exerceriam maior influência nas decisões da Fenaban. No Real e no Unibanco a adesão é de mais de 90%, de acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo. Segundo o sindicato, o centro administrativo do Unibanco está totalmente paralisado desde o primeiro dia da greve. A Fenaban também não forneceu dados sobre o número de agências paradas. Texto Anterior: Ford inicia produção do Ka no país em junho de 97 Próximo Texto: Rio tem mais agências fechadas, avalia sindicato Índice |
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