São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996
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PIB irá crescer 3% em 96, estima Ipea

DA SUCURSAL DO RIO

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão do Ministério do Planejamento, elevou de 2,8% para 3% sua previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro neste ano. O PIB mede o total das riquezas geradas pelo país.
Na previsão anterior, de agosto, os dois setores cresceriam, respectivamente, 4,5% e 2,8% em 96.
A produção industrial, no conceito usado para o cálculo do PIB -que inclui construção civil e os serviços industriais de utilidade pública, como água e esgoto-, deverá crescer 2%, segundo o Ipea. Em agosto, a previsão era de 2,1%
Também a produção industrial, englobando apenas a indústria de transformação e a extrativa mineral, teve sua estimativa de crescimento reduzida pelo Ipea.
Em agosto, o órgão havia previsto crescimento de 1,6%, sendo 1% para a indústria de transformação e 6,3% da extrativa mineral.
Em setembro, a previsão global caiu para 1,2%, sendo 0,9% para a indústria de transformação e 6,8% da extrativa mineral.
O Ipea diz que a indústria brasileira manteve em agosto 'à tendência de recuperação do crescimento que vem se observando desde setembro do ano passado".
A produção industrial mostrará no segundo semestre deste ano "forte expansão, impulsionada pelas medidas de liberação do crédito e pelo crescimento que se vem verificando na massa salarial".
Na área da indústria de transformação, a previsão é de que o crescimento seja impulsionado pela produção de bens de consumo duráveis (7,9%) e não duráveis (4,9%).
A indústria de bens de capital apresentaria este ano uma produção inferior à de 95, embora o Ipea avalie que ela ainda experimentará em 96 os benefícios da isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para máquinas e equipamentos.
CNI
O Informe Conjuntural da CNI (Confederação Nacional da Indústria), divulgado ontem, diz que há "uma nítida taxa de otimismo para a economia brasileira em 1997".
A CNI diz que em 97 a inflação ficará abaixo de 10% e que os possíveis fatores de instabilidade seriam decorrentes de fatores externos e dos riscos políticos da não aprovação da emenda reeleição".

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