São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996
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Bolsas lideram aplicações em setembro

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

Mesmo com os investidores estrangeiros praticamente fora do mercado, o que se refletiu nos volumes negociados, a Bolsa paulista liderou o ranking das aplicações em setembro.
O Índice da Bovespa fechou o mês com alta de 2,99%. O indicador reflete o desempenho das ações mais negociadas, como a Telebrás e outras "blue chips" de estatais. As ações de segunda e terceira linhas deixaram a desejar: o FGV-100, termômetro das ações menos procuradas, caiu 2,56%.
Outros ativos reais, como dólar e ouro, repetiram a má performance de meses anteriores. Apesar disso, o dólar ficou acima da inflação. O IGP-M relativo ao mês de setembro foi de apenas 0,1%. O dólar comercial e o paralelo, comparando-se taxas de venda, variaram 0,44% e 0,48% no mês, respectivamente. O ouro caiu 1,74%.
No segmento de renda fixa, a liderança ficou mais uma vez com o CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado, mas aquele de grande investidor. As taxas de juros dos CDBs variam de banco para banco e conforme a quantia.
Aplicação em CDB feita em agência no dia 2 de setembro (dia 1º foi domingo), com 30 dias corridos e 22 úteis, deu até 1,95% bruto. Expurgando-se um dia útil, para ser comparável com poupança e fundos no mês fechado, a rentabilidade desse CDB cai para 1,86% bruto e 1,58% líquido, após o desconto do Imposto de Renda (15%).
Os Fundos de Investimento Financeiro (FIFs) de 60 dias devem ter fechado o mês com rentabilidade média de 1,74% bruto e 1,48% líquido. Os FIFs de 30 dias projetavam média de 1,65% bruto e 1,40% líquido, ainda batendo a poupança (1,1653% já líquido, devido à isenção de imposto no resgate).
A partir de hoje a poupança ganha mais competitividade porque o redutor da TR terá um corte de 0,1 ponto percentual -cairá para 1,05%-, contra 0,05 por mês desde julho.
A rentabilidade da caderneta avançará mais rapidamente, até dezembro, sobre os FIFs com taxa de administração relativamente alta, acima de 2% ao ano.
Os fundos de curto prazo permanecem rendendo pouco (0,49% líquido em setembro, na média deles).

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