São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Passe livre
MELCHIADES FILHO
O verão começou com novo acordo salarial (os times puderam ampliar suas folhas de pagamento) e quase 180 jogadores com o "passe" na mão. Mas, até ontem, o saldo dessa salada era o seguinte: a) Trocaram de equipe quase 140 jogadores; b) A média salarial subiu cerca de 15%, para US$ 1,9 milhão por cabeça; c) Caiu 25% o número de atletas com salários acima da média -eram 40% do total; são agora pouco mais de 30%. Resumo: o mercado virou de cabeça para baixo, mas a maioria dos que fazem de fato o espetáculo perdeu dinheiro. Motivo: as equipes apostaram só nos grandes astros. Os Lakers fisgaram Shaquille O'Neal; o Houston, Charles Barkley; o Atlanta, Dikembe Mutombo... Para bancar os reforços, esses times achataram os demais salários. O LA Lakers dispensou dez atletas; o Houston, dez; o Atlanta, seis... Jogadores de qualidade se danaram ao encarar o mercado. O ala Walt Williams, por exemplo, teve que topar o salário-mínimo (US$ 250 mil) no Toronto. O NY Knicks foi o mais ágil a lidar com essa situação. No torneio passado, a diretoria irritou os fãs ao assinar com quatro pernas-de-pau -a equipe cambaleava na fase decisiva. Nos últimos dois meses, porém, a estratégia fez sentido. Todos os reforços tinham só um ano de contrato. Sem traumas, os Knicks puderam agora dar um bico no quarteto -e em outros seis- para fechar com os craques Larry Johnson, Allan Houston e Chris Childs. "A liberdade é cruel. As megaestrelas receberão megacontratos. Os demais, migalhas", prevê John Nash, todo-poderoso do New Jersey. Texto Anterior: Impiedoso, lugar-comum espreita a cada lance Próximo Texto: Pó; Números, números...; Você sabia?; O viajante Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |