São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996 |
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Ceplac lança 3 plantas contra a vassoura
DA REPORTAGEM LOCAL Três clones de cacau resistente à vassoura-de-bruxa, originários de Trinidad e Tobago, serão lançados em setembro do próximo ano no sul da Bahia.Cerca de 420 mil ha de cacau na Bahia, 70% da área total, estão infestados pela doença, que é provocada por fungos, de acordo com a Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira). Selecionados pelo Cepec (Centro de Pesquisa do Cacau), órgão da Ceplac em Itabuna (BA), os clones estão sendo multiplicados para enxerto no tronco, após o corte da copa velha. Por meio do enxerto, um pedaço da planta é amarrado ao tronco da árvore velha, transmitindo a esta características de resistência e produtividade. A planta demora dois anos para retomar sua produção, depois do enxerto, segundo Luiz Roberto Martins Pinto, pesquisador de genética do Cepec. "É uma estratégia mais rápida para dotar a lavoura de resistência à vassoura-de-bruxa", diz Pinto. No próximo ano será distribuído aos produtores 1 milhão de borbulhas (pedaços da planta resistente que são enxertados). A partir daí, o próprio produtor passará a efetuar o enxerto em outras árvores de sua propriedade. Pinto diz que a produtividade das árvores enxertadas vai superar cem arrobas por hectare. Hoje o rendimento normal do cacau varia entre 40 arrobas e 50 arrobas/ha. A Ceplac lançou em 95 sementes resistentes à vassoura-de-bruxa, com o nome Theobahia, destinadas à renovação da lavoura cacaueira. Porém, o cacau plantado por meio de sementes demora oito anos até virar uma árvore adulta. Texto Anterior: Área em Diamantino pode estacionar Próximo Texto: Britânicos propõem parceria agrícola Índice |
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