São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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Mercado apóia reeleição

GILSON SCHWARTZ
DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON

Entre os executivos financeiros em Washington (EUA), o entusiasmo com a possibilidade de reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso em 1998 é notório.
Mas alguns comentam que "o custo no Congresso Nacional deve ser alto". É o fantasma do "é dando que se recebe".
Nos últimos dias, em Washington, os ministros Pedro Malan (Fazenda) e Antonio Kandir (Planejamento) defenderam a possibilidade de reeleição de FHC.

Armadilha
Ouve-se também no mercado a opinião de que, a exemplo do que ocorreu na época da eleição de FHC e no início de seu governo, quando se dizia que sem a aprovação das reformas constitucionais o Plano Real naufragaria, novamente se estaria criando uma armadilha de expectativas.
Fernando Henrique Cardoso foi eleito, as reformas constitucionais ficaram aquém do que havia sido prometido pelo governo, mas, mesmo assim, o Plano Real não naufragou.
Para pelo menos um dos executivos presentes, ativo na área de privatização, seria mais oportuno o governo fazer mais e falar menos pela reeleição do presidente.
A avaliação é que isso criaria uma expectativa que, "se frustrada, vai gerar um problema desnecessário".
Ao mesmo tempo pode-se dizer que o debate sobre a reeleição de FHC já está dividindo opiniões no próprio mercado financeiro.
Crítica
Há quem trabalhe com a hipótese de que a reeleição de FHC não faz a menor diferença para o futuro do Plano Real e das reformas constitucionais.
"Eduardo Azeredo seria uma boa alternativa", especulou um analista, sem se dar conta de que o governador mineiro, do PSDB, sequer tem sido citado nas apostas sobre a sucessão de FHC.
(GS)

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