São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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Emissoras deixam de faturar R$ 544 mi com horário eleitoral

Propaganda eleitoral foi transmitida em agosto e setembro

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

As emissoras de rádio e TV vão deixar de faturar cerca de R$ 543,8 milhões com a venda de propaganda comercial por conta do horário eleitoral em agosto e setembro.
Oscar Piconez, vice-presidente da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão), calcula que as emissoras de rádio deixaram de faturar R$ 3,8 milhões -segundo ele, 20% do faturamento anual de propaganda -cerca de R$ 19 milhões. A Abert não tem estimativa dessas perdas na área de TV.
O faturamento anual com publicidade de 90% das emissoras de TV no ano passado foi de R$ 2,7 bilhões, de acordo com o projeto Inter-meios, uma parceria entre a consultoria Price Waterhouse a a publicação "Meio & Mensagem".
Com base no cálculo para o prejuízo das rádios, a perda das TVs seria de R$ 540 milhões.
O horário gratuito eleitoral é previsto pela Constituição de 1988. As emissoras de rádio e TV, concessionárias de serviço público, têm de absorver a perda causada pela cessão de horas de sua programação para os políticos.
A Abert informou que as emissoras não têm direito a qualquer tipo de compensação financeira pela perda de faturamento.
Na campanha eleitoral recém-encerrada, as emissoras de rádio cederam uma hora e meia por dia para o horário eleitoral (das 7h às 7h30, das 12h às 12h30 e das 17h às 17h30).
As emissoras de TV cederam uma hora diária (das 13h às 13h30 e das 20h às 20h30), além de inserções em forma de comerciais comuns distribuídos durante a programação num total de mais meia hora de programação.
(ACS)

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