São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996 |
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Brasil quer 'alugar' áreas da Amazônia Idéia é 'ceder' área a madeireiras LUCIA MARTINS
A idéia é dividir a região em pequenos "parques". Eles serão classificados como "não-exploráveis" e "exploráveis" -a divisão será feita com base na escassez ou abundância de espécies. As regiões "exploráveis" poderão ser cedidas a empresas que exploram madeira na região em troca de um "aluguel". Com o projeto, o Ibama pretende aumentar o controle do comércio de madeira e ainda transformar a região no maior produtor do de madeira do mundo. "É um bom negócio e, com isso, o Brasil pode virar um grande exportador de madeira", disse Martins à Folha. Segundo ele, ainda não está definido como seria negociado o "aluguel". Ele afirma que não tem medo de possíveis críticas de organizações que lutam pela preservação da floresta. "O uso dessas áreas será feito de uma maneira extremamente controlada." Martins admite que hoje o controle do uso da floresta é precário. Sensor Para melhorar o controle, Martins pretende colocar um avião sobrevoando a floresta todos os dias. Um sensor, acoplado no avião, vai fotografar a região. A vantagem sobre o atual sistema -o Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, hoje fotografa a Amazônia via satélite- é que o sensor, segundo Martins, tem maior definição. "Com esse sensor vemos não só os grandes desmatamentos, mas também as pequenas mudanças na região." Martins afirma que os custos do projeto não seriam problema. "Não é um projeto caro. Não gastaríamos muito mais do que gastamos hoje." A grande dificuldade, diz, será a criação de critérios para fazer os "contratos de aluguel". "É o mais difícil. Ainda estamos estudando." Texto Anterior: Conta outra; Falso estadista; Debate na Band Próximo Texto: SBT grava o 1º episódio de sua resposta ao 'Sai de Baixo' Índice |
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