São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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Bolsas sobem, e juros sinalizam queda

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

As Bolsas iniciaram o mês com alta. A cotação do dólar comercial ficou estável, e os juros abriram outubro sinalizando taxas declinantes.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), depois de duas quedas consecutivas, reencontrou os compradores ontem. O volume, no entanto, permaneceu baixo.
O índice Bovespa subiu 1,16%, com 65.217 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 349,7 milhões.
Na Bolsa paulista, as maiores altas do Ibovespa ficaram por conta de papéis de segunda linha (que são menos negociados). Destacaram-se Sharp PN, com alta de 4,8%, Ceval PN e Unipar PNB, ambas com valorização de 4,2%.
Esse tipo de papel não tem sido mais exceção entre as altas da Bovespa, como acontecia até pouco tempo atrás. As ações de segunda linha vêm ganhando destaque, contribuindo para desconcentrar os negócios em cima das chamadas "blue chips" (papéis com grande liquidez).
Segundo operadores, o movimento de negócios ontem foi menos concentrado do que em outros dias. Telebrás PN, a "blue chip" vedete do mercado, teve alta de 1,3%, com participação de 68% dos negócios à vista da Bovespa.
No Rio de Janeiro, a Bolsa subiu 0,56%, com 23.732 pontos. O volume do mercado carioca foi de R$ 36,9 milhões.
Com a aproximação do vencimento do mercado de opções, no dia 21, a tendência é de o mercado começar a ficar mais volátil.
Câmbio
O Banco Central (BC) entrou no mercado de câmbio ontem, comprando dólar pelo comercial a R$ 1,0210. Mesmo assim, no fechamento, a ponta compradora ficou a R$ 1,0209 (abaixo do piso da minibanda). Na ponta de venda, permaneceu a R$ 1,0211, estável em relação à cotação do dia anterior.
No flutuante, o dólar fechou acima do teto da faixa de flutuação, sem nenhuma intervenção da autoridade monetária.
A greve dos bancários continua atrapalhando o acesso de funcionários às mesas de câmbio e de mercado aberto de alguns grandes bancos com sede na região central da cidade.
No mercado de dinheiro, a taxa efetiva do Selic-over projeta para o mês 1,83%. No mês passado, fechou em 1,90%.

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