São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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Aos 38, Oscar recebe convite da NBA

EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 38 anos de idade, o cestinha Oscar Schmidt, ala do Corinthians-Amway, continua despertando interesse de times da NBA (National Basketball Association), liga profissional norte-americana.
Oscar foi sondado sobre a possibilidade de se transferir para o Atlanta Hawks. A proposta não interessou ao jogador, que preferiu continuar no basquete brasileiro.
"O contato foi feito por um agente. A proposta era baixa, e ele até chegou a falar que poderia existir chance de ofertas de outras equipes, mas não apresentou algo concreto", afirmou Oscar.
O jogador não quis revelar as bases da proposta, alegando que a conversa com o agente "foi leve".
Oscar, que passou 13 anos jogando na Europa, retornou ao Brasil no ano passado, contratado pelo Corinthians por duas temporadas, por cerca de US$ 350 mil cada.
A bolada cresce com verbas que ele recebe por participação em campanhas publicitárias.
Carlos Rayel, empresário que trouxe Oscar de volta ao Brasil, também disse ter conversado com um intermediário (não revelou o nome), mas que a "consulta" não especificava o time interessado.
Tony Bryant, o agente que fez o contato com Oscar, é casado com a brasileira Miriam Gurgel Bryant.
Bryant não se encontrava em sua casa ontem. Miriam confirmou os contatos com Oscar, mas não especificou valores. Disse que Oscar "queria uma proposta maior".
Sondagens de times da NBA não são novidade na carreira de Oscar.
Em meados da década de 80, ele teve várias ofertas do New Jersey Nets, mas também recusou.
Na visão do jogador, embora estivesse entrando na fase áurea de sua carreira, a proposta dos Nets não era interessante por dois motivos: o valor era baixo e, caso atuasse em uma liga profissional, perderia a condição de jogo para atuar na época pela seleção brasileira.
O profissionalismo só foi admitido em competições da Federação Internacional de Basquete no início da década de 90.
Oscar fez sucesso nos EUA durante a Olimpíada de Atlanta, quando se tornou o primeiro atleta na história dos Jogos a superar a marca dos 1.000 pontos.
A bola autografada, a camiseta e o calção do jogo do milésimo ponto foram resgatados para a coleção do Hall of Fame, o museu de Springfield, EUA, onde o basquete foi criado por James Naismith.

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