São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Conheça os tipos de vírus

ONOFRE TRINDADE JR.; PAULO ANDRÉ S. PEREZ
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os vírus de computador são programas projetados para apresentar comportamentos similares aos de um vírus biológico -podem se reproduzir, podem ser transmitidos e apresentam um período de dormência após a infecção.
Eles podem copiar seu código, ou versões modificadas de seu código, dentro de outros programas, que atuam como hospedeiros. Quando o programa infectado for executado, também será executada a cópia do vírus, que, entre outras coisas, poderá infectar novamente outros programas.
Muitos vírus não causam prejuízos significativos, provocando apenas o aparecimento de mensagens na tela. Outros podem causar perda de dados ou desativação de redes de computadores.
Os meios mais comuns de contaminação são disquetes e redes.
Após infectar um computador, o vírus passa por um período de dormência, no qual vai se reproduzindo e infectando outros programas. Se ele entrasse em atividade imediatamente, seria detectado e eliminado, limitando a possibilidade de infecção.
Eles são ativados por um evento específico -uma sequência de teclas ou uma data. Uma vez ativo, o vírus começa a interferir diretamente no sistema.
Vários tipos de vírus atingem os micros tipo IBM PC.
* Vírus de arquivos - Costumam infectar arquivos do tipo .COM ou .EXE, podendo também atingir arquivos do tipo .SYS, .OVL, .OBJ, .PRG, .MNU etc.
* Vírus de sistema ou de boot - Infectam o código executável presente em certas áreas do sistema em um disco. Em um PC, há os vírus de setor de boot, que infectam apenas o setor de inicialização do DOS, e vírus de MBR (master boot record), em discos rígidos.
* Vírus furtivos - São variações dos vírus de arquivos. Esse tipo de vírus tenta evitar sua detecção forjando informações para fazer com que o sistema fique com a mesma aparência de antes da infecção.
* Vírus mutantes - Esses vírus se modificam cada vez que se duplicam, dificultando bastante o processo de detecção.
* Vírus recombinantes - Bastante sofisticados, vírus desse tipo podem se combinar entre si para produzir novos tipos de vírus.

Onofre Trindade Júnior (otjunior@icmsc.sc.usp.br) é mestre e doutor em física aplicada pela USP, com pós-doutorado na Universidade de Southampton (Inglaterra).
Paulo André Sant'Anna Perez (paulo@icmsc.sc. usp.br) é professor da Universidade Católica de Goiás.

Texto Anterior: Como atuam os antivírus
Próximo Texto: Soft dá proteção individual
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.