São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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Confira a política de garantia da indústria

RODOLFO LUCENA
DA REDAÇÃO

A maioria das multinacionais de informática ouvidas pela Folha não dá garantia no Brasil para produtos comprados no exterior.
As empresas afirmam que organizam seus estoques de peças para reposição conforme os produtos que oferecem no país. Também o treinamento do pessoal de assistência técnica é organizado em função da oferta.
Por isso, dizem que seria antieconômico oferecer garantia para toda a linha, que inclui produtos não comercializados no Brasil. Mas prestam assistência técnica, cobrada, e, se exigir importação de peças, cara e demorada. Acompanhe a seguir a posição das empresas ouvidas pela Folha.
* Acer - Produtos comprados no exterior não têm garantia no país.
* Apple - Dá garantia mundial para todos os seus produtos.
* Canon - A distribuidora Elgin Printers só dá garantia a produtos que ela mesma comercializa.
* Compaq - Dá garantia internacional apenas a produtos portáteis. O consumidor precisa apresentar nota ou comprovante de compra do notebook e o registro de entrada legal do produto no país.
* Hewlett-Packard - A Edisa Hewlett-Packard só garante e presta serviços de suporte telefônico a produtos que comercializa. A empresa dá garantia internacional para produtos movidos à bateria, como calculadoras e micros de mão. * IBM - Oferece garantia internacional a produtos da linha de computadores pessoais, como notebooks e máquinas da linha Aptiva.
* Lexmark - Não dá garantia.
* Packard Bell - Não dá garantia.
* Sony - Não dá garantia.
* Texas - Sua política de garantia internacional para notebooks não vale na América Latina, com exceção do México. Está em negociações com a Itautec para passar a dar garantia no Brasil, o que deve acontecer antes do final do ano.
* Unisys - Não dá garantia.
* Xerox - Atende produtos comprados no exterior desde que sejam também comercializados no país. Exige nota de compra e comprovante de entrada legal no país.
Comprar ou não comprar
O fato de não ter garantia no Brasil deve ser considerado tão importante a ponto de você deixar de comprar produtos no exterior?
Não. Em muitos casos -hoje em dia, o exemplo mais evidente são as impressoras-, a acintosa diferença de preço justifica o investimento e o risco.
A maioria desses produtos, especialmente os de marcas consagradas, não costuma dar problemas durante o período de garantia.
Se você der azar, o jeito é torcer para que o conserto custe menos do que a diferença entre o preço do produto no Brasil e o preço que você pagou.

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