São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996
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Crescimento no final surpreende Castro

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O candidato do PSB à Prefeitura de Belo Horizonte, Célio de Castro, 64, ficou surpreso com a votação expressiva que recebeu no primeiro turno. Ele disse que tinha certeza da vitória, mas não imaginava vencer com larga margem.
No dia 2 de setembro, Castro estava na terceira colocação, segundo pesquisa Datafolha, com 18%.
Um mês depois, no dia 2 de outubro, a pesquisa indicava que Castro havia subido 10 pontos, ultrapassando Amilcar Martins (PSDB) e Virgílio Guimarães (PT) e chegando à liderança.
No segundo turno, o candidato pretende intensificar a campanha na periferia da cidade.
(PP)
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Agência Folha - Chegar em primeiro lugar com uma vantagem de 14 pontos sobre o tucano Amilcar Martins surpreendeu o sr.?
Célio de Castro - Quanto ao número, sim. Quanto ao resultado, não -já era esperado havia dez dias. Principalmente na última semana, o apoio que recebi da população chegou a entusiasmar e criar um clima de empolgação.
Agência Folha- Mas foi um crescimento súbito. Qual é a análise que o sr. faz?
Castro - A fidelidade é um princípio norteador de campanha. Estabeleci um diálogo de idéias e de propostas, mas respeitando as falas e as idéias da população.
Agência Folha - O sr. foi o candidato que mais conquistou a classe média. A periferia será o alvo principal nesse segundo turno?
Castro - A penetração na classe média está, sim, consolidada, mas nós tivemos uma boa votação na periferia. Vamos, realmente -não por uma estratégia eleitoreira, mas por uma definição de vontade política-, incrementar o nosso diálogo com esses setores.
Agência Folha - O PT deve ficar ao seu lado no segundo turno. O sr. acredita na transferência dos votos petistas à sua candidatura?
Castro - No caso do PT e dos partidos que compõem a Frente BH Popular, a questão está muito colocada no campo político.
Vai ser uma política de identificação das propostas do chamado setor democrático-popular.
A eleição em Belo Horizonte tem uma singularidade: 60% ou mais dos votos são de pessoas que fizeram opção pelo chamado setor democrático-popular.
Esses eleitores vão exigir essa unidade. Essa unidade será conseguida pelos partidos.

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