| São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996 |
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Vellozo quer antecessor em Brasília
RONI LIMA
Ao receber um telefonema do ministro e amigo Antonio Kandir, Vellozo Lucas aproveitou para comentar que o atual prefeito Paulo Hartung (PSDB) é qualificado para "ocupar qualquer lugar". O próprio Hartung ficou de tentar ontem uma audiência com FHC para, segundo Vellozo Lucas, "mostrar o nosso trabalho aqui". O prefeito eleito não terá, em princípio, problemas de relacionamento com o governo federal. Vellozo Lucas já trabalhou duas vezes no governo, como secretário de Indústria e Comércio de Fernando Collor (90-92) e secretário de Acompanhamento Econômico de FHC (setembro-95 a maio-96). Ainda funcionário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ele afirma que buscará captar de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões na instituição federal e no Banco Mundial. Dinheiro que o ajudaria a tocar dois grandes projetos de sua campanha: a urbanização de 18 morros da cidade e a construção de novas vias para ajudar a descongestionar o trânsito de Vitória. Com 260 mil habitantes, a maioria de classe média, e orçamento de R$ 200 milhões, Vitória é uma ilha de 89 km2 com 73% dos empregos no setor de serviços. Segundo Vellozo Lucas, apenas 1% do orçamento é gasto com dívidas. O prefeito eleito da capital do Espírito Santo diz esperar não ter grandes problemas para governar com os vereadores eleitos. Sua coligação política (PSDB/PV/PDT/PSDC) fez a maioria dos 21 vereadores: 10 do PSDB e 2 do PDT. O oposicionista PT fez dois, o PPB, três e o PMDB, quatro. O conciliador Vellozo Lucas já começou ontem mesmo a trabalhar sua relação com a Câmara. "Vou ligar para todos para dar os parabéns e convidá-los para governar." O prefeito eleito vive metido na política desde os anos 70. Então dirigente do clandestino PCB e líder estudantil, Vellozo Lucas mudou-se para o Rio de Janeiro em 1974, para estudar engenharia de produção na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Viveu 16 anos no Rio. Considera-se um carioca adotivo. Apaixonado por Carnaval, ajudou a fundar vários blocos carnavalescos, como o Simpatia é Quase Amor, que desfila por ruas de Ipanema, na zona sul do Rio. Até hoje dono de um apartamento no Leblon (zona sul), viúvo e casado pela segunda vez com Sandra Maranhão Carijó, três filhos, Vellozo Lucas ainda lembra com saudades de seu tempo no Rio. Texto Anterior: PT do Rio não quer imposição da direção nacional Próximo Texto: Segundo turno terá pepebista e petista Índice |
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