São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996 |
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Rebelião termina em SP após 23 h Juiz prometeu transferir presos condenados DA REPORTAGEM LOCAL Após 23 horas de tensão, terminou ontem à tarde a rebelião dos presos da unidade 2 do Cadeião de Pinheiros (zona oeste de SP).Os 510 detentos rebelados libertaram os seis reféns às 12h45 de ontem, com a promessa de que serão transferidos para outros presídios. A revolta começou por volta das 14h de quinta-feira. Aproveitando a hora do banho de sol, os presos tomaram seis carcereiros e um funcionário da manutenção do presídio como reféns. Duas horas depois, um dos carcereiros, que estava passando mal, foi solto em troca de assistência médica a dois dos presos, feridos durante uma briga. Os detentos pediam a transferência de presos já condenados e a agilização de processos judiciais que estariam parados. Eles reclamam também da falta de local para banhos de sol e da qualidade da comida. A negociação para a libertação dos reféns, que havia sido interrompida às 21h30 de anteontem, recomeçou às 9h de ontem. Troca Em troca dos reféns, o juiz-corregedor Nelson Biasi prometeu transferir 75 presos condenados ainda ontem e outros 135 até o final da próxima semana. Ele também garantiu que a tropa de choque da PM não entraria no presídio. Para fechar o acordo, o líder dos rebeldes, que se identificou como Ginaldo Rodrigues Cavalcanti, exigiu que as declarações do juiz-corregedor fossem transmitidas ao vivo por algum canal de televisão. Às 12h45, a TV Record transmitiu as declarações de Biondi. Quinze minutos depois, o primeiro refém foi solto e a rebelião terminou. "Nós cumprimos nossa palavra e libertamos os reféns. Agora espero que a polícia tenha a dignidade de cumprir o que prometeu", afirmou Cavalcanti. Texto Anterior: Promotores vão fiscalizar a polícia de SP Próximo Texto: Professor é torturado e morto em Sorocaba Índice |
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