São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996
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DNA pode livrar médico acusado de estupro

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Um exame de comparação de DNA (código genético de cada pessoa) poderá absolver o médico Antônio Pacheco da Cunha da acusação de ter estuprado a adolescente E.J.L., 15, em Porto Feliz (120 km a noroeste de São Paulo).
O crime teria acontecido no dia 15 de setembro passado em um pronto-socorro da cidade. Segundo a acusação da adolescente, o médico teria se aproveitado de ela estar embriagada para forçá-la a manter relações sexuais.
O exame pedido pela Polícia Civil foi concluído ontem pelo Centro de Investigações de Crimes Sexuais da Universidade de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo).
Em 20 de setembro, a adolescente foi ao centro e deu uma amostra de sangue. No último dia 1º, o médico legista Wilmes Roberto Teixeira recolheu sangue do médico, que sempre negou a acusação.
As amostras de sangue dos dois foram comparadas com o material orgânico achado na calcinha da adolescente. "Constatamos que o esperma encontrado na calcinha não tem o mesmo código genético do acusado", disse o médico.
O laudo será enviado à delegacia da cidade na próxima semana e será usado como prova no inquérito policial. "O exame é totalmente conclusivo", disse Teixeira.
O laudo também constatou a existência na calcinha de células orgânicas com o DNA de E.J.L.. Um outro exame, feito pelo Instituto Médico Legal de São Paulo, verificou que não havia esperma na vagina da adolescente.
(MG)

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