São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996 |
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Bueiro vira vilão da cheia
FABIO SCHIVARTCHE
A Folha percorreu ontem as zonas leste, norte e oeste -as mais atingidas- e constatou que a população é unânime em apontar para o grande vilão das inundações: o bueiro entupido. "O povo joga lixo na rua que acaba correndo para os bueiros. Mas, se a prefeitura limpasse constantemente, não iria inundar as casas", reclama o mecânico Jaílson Faria, 27. Ele trabalha em uma oficina a uma quadra da avenida Aricanduva (zona leste), uma das mais prejudicadas pelas fortes chuvas de anteontem. Eleição Na zona norte, os pontos "tradicionais" de inundação voltaram a se encher de água, atrapalhando os paulistanos que se dirigiam aos locais de votação. "Tive de entrar na água com tudo", reclama a estudante Vitória Morato, 23, que mora no condomínio Excelsior, um conjunto de cerca de 30 prédios na Vila Guilherme que submerge em poucos minutos de chuva forte. Segundo ela, a culpa pelo alagamento é da prefeitura, "que nunca aparece para limpar os bueiros da rua". Quem mora no andar térreo dos prédios até já se acostumou. Durante o verão, quando os primeiros pingos da chuva caem, os móveis já estão sobre a pia ou cavaletes de madeira. O vendedor Serafim Costa Júnior, 28, que mora na rua dos Americanos, na Barra Funda (zona oeste), desistiu de enfrentar a "correnteza" e acabou ficando em casa ilhado. Texto Anterior: Desacordo impede combate a enchentes Próximo Texto: Secretário culpa rios e córregos Índice |
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