São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996 |
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BC corrige minibanda; Bovespa tem alta
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
O piso do intervalo de variação do dólar comercial, definido pelo BC, passou a R$ 1,0220, e o teto, a R$ 1,0270. Segundo operadores, a intervenção do BC no mercado de câmbio surpreendeu por dois motivos. Primeiro, ninguém contava com a atuação da autoridade monetária num dia de tão pouco movimento, como foi o de ontem -espremido entre um feriado e o fim-de-semana. Outro fato que chamou a atenção do mercado foi o BC ter voltado a corrigir o câmbio em 0,10%. Nas quatro últimas intervenções do mês passado, as correções vinham sendo feitas na faixa de 0,05%. Mas a cotação do dólar comercial acabou fechando abaixo da minibanda -R$ 1,0217 na ponta compradora e a R$ 1,0218 na ponta vendedora. Bolsas A alta do índice de desemprego nos EUA em setembro fez o juro dos títulos norte-americanos de 30 anos (T-Bond) recuar para 6,75%. A queda dos T-Bond deu fôlego à Bolsa de Valores de Nova York. O índice Dow Jones, que mede o desempenho das principais ações industriais, avançou 1,01%. O cenário externo influenciou, mais uma vez, as Bolsas brasileiras, que fecharam com alta. O volume financeiro da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) foi bem razoável para uma espécie de "meio-feriado", com R$ 311,1 milhões. O índice Bovespa subiu 0,31%, com 66.269 pontos. O destaque da Bovespa ficou com Eletrobrás PNB, que subiu 1,6%. Ao longo do dia, o papel chegou a subir até 3%. As ações ordinárias também subiram: 1,4%. A holding das estatais do setor elétrico brasileiro estaria começando a despertar o interesse de compra de investidores estrangeiros. O papel está muito atrasado em termos de valorização, em relação às demais "blue chips". Eletrobrás ainda tem muito espaço para valorização. Enquanto Telebrás PN subiu 75,2%, e o Ibovespa, 54,1%, Eletrobrás PNB acumula alta de apenas 14,8% neste ano. Texto Anterior: Bancários aceitam proposta e voltam na 2ª Próximo Texto: Atividade industrial se recupera, diz Zedillo Índice |
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