São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996 |
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Bancários aceitam proposta e voltam na 2ª
SÉRGIO LÍRIO
Pela nova proposta, os bancários terão reajuste de 10,8% a partir de setembro, abono de 45% sobre salários reajustados e aumento de 12% no piso. O limite do abono também foi elevado de R$ 1.000 para R$ 1.125. Os bancos darão ainda abono de 60%, mais R$ 270, a título de participação nos lucros e resultados, pagos em fevereiro de 97. Até segunda-feira, os bancários de Brasília, Rio de Janeiro e Minas Gerais realizam assembléias para avaliar a proposta. Ontem, os bancários de Curitiba decidiram manter o estado de greve até segunda-feira, quando acontece nova assembléia. O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ricardo Berzoini, disse que o acordo foi um avanço em relação à proposta inicial da Fenaban, que oferecia reajuste de 8% e aumento de 10% no piso salarial. Os grevistas reivindicavam reajuste de 21% e aumento de 40% no piso. "Mesmo com o quadro de desemprego e a atual conjuntura, conseguimos uma boa mobilização na categoria", afirmou. Segundo Berzoini, o movimento já vinha sentindo um desgaste nos últimos dias, por causa da pressão dos bancos. Na quarta-feira, houve conflitos entre grevistas e policiais militares no Rio e em São Paulo. A presidente da CNB (Confederação Nacional dos Bancários), Maria Célia Micalli Cantu, afirmou que a adesão surpreendeu o comando de greve. "Esperávamos uma mobilização menor", disse. As negociações entre as partes voltaram a avançar na quinta-feira, quatro dias depois de os bancários terem recusado proposta feita pela Fenaban. Duas propostas Apesar de considerar a greve "quase insignificante", pelo número de agências atingidas, a Fenaban modificou duas vezes sua oferta durante a greve. Na primeira mudança, os bancos elevaram os índices de reajuste -de 8% para 10%- e do piso -de 10% para 12%. A greve dos bancários durou nove dias e teve a adesão, segundo o sindicato, de cerca de 10 mil bancários da Grande São Paulo. O acordo entre as partes deve ser assinado terça-feira, caso os grevistas dos outros Estados aceitem a proposta da Fenaban, o que é considerado o mais provável. Os bancos se comprometeram a não punir os grevistas com corte de ponto. Os dias parados serão repostos em outubro e novembro. Texto Anterior: Empresa será controlada por holding Próximo Texto: BC corrige minibanda; Bovespa tem alta Índice |
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