São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996 |
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Devastação diminui pescado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS Os pescadores que vivem na região do alto rio Solimões dizem acreditar que a quantidade de peixes no rio está diminuindo.Segundo o superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) no Amazonas, Hamilton Casara, ainda não há pesquisas sobre isso, mas ele acredita nessa diminuição. Casara diz que vários fatores são responsáveis pela escassez de peixes. A pesca predatória seria um deles: "Os grandes barcos pesqueiros usam o sistema de arrastão, que acaba com os locais de procriação das espécies", disse. A pesca de arrastão é praticada com grandes redes que raspam toda a margem dos lagos e rios e não permitem que os peixes escapem. Com o arrastão, as redes destroem também a mata ciliar, onde muitas espécies se reproduzem. Outros motivos para a diminuição seriam a invasão de reservas biológicas e indígenas, e o desmatamento das várzeas, onde muitas espécies se reproduzem. O Ibama pretende instalar, a partir de 97, um escritório em Tabatinga para fazer levantamentos estatísticos sobre a redução do volume de peixes em rios brasileiros. O órgão pretende proibir a pesca de arrastão. A proibição pode se tornar ineficiente se não houver fiscalização. Durante sua permanência em Tabatinga, a reportagem da Agência Folha acompanhou o desembarque de pirarucus no porto da cidade. A pesca do pirarucu está proibida desde 1995. Texto Anterior: Entenda os caminhos do contrabando Próximo Texto: Frigoríficos ficam na Colômbia Índice |
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