São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996 |
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Frigoríficos ficam na Colômbia
ANDRÉ MUGGIATI
Segundo o secretário da Fazenda do Amazonas, Samuel Hanan, não há disponibilidade de energia nos municípios brasileiros para manter um frigorífico funcionando: "Há um enorme déficit de energia em todo o interior do Amazonas". Segundo o secretário, a cidade de Letícia, na Colômbia, produz mais energia do que consome e chega a vender eletricidade para suprir necessidades do Brasil na fronteira. Outro fato que dá base ao contrabando é a incidência de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias) sobre o peixe comercializado no Brasil. Isso ajudaria a tornar o preço final do peixe mais alto no Brasil, se o congelamento fosse feito do lado de cá. Hanan reconhece que a concentração dos frigoríficos do lado colombiano faz com que os pescadores brasileiros tenham de vender o peixe a "preços ridículos": "Ou fazem isso, ou jogam fora, porque não têm como armazenar". Para solucionar o problema, segundo Hanan, o governo do Amazonas está comprando geradores para dobrar a capacidade de produção de energia em todo o interior do Estado. Também está sendo baixada uma portaria que isentará o peixe brasileiro do ICMS. (AM) Texto Anterior: Devastação diminui pescado Próximo Texto: Contrabando de peixes ornamentais dá mais lucro Índice |
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