São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Brasil pretende 'conquistar' a Inglaterra
LUCIA MARTINS
A TV estatal britânica BBC produziu e está apresentando uma série com quatro programas semanais sobre o Brasil. Os programas têm imagens recentes das cidades e entrevistas com moradores de favelas, classe média, bóias-frias etc. Nas 5.500 escolas de 2º grau da Inglaterra, foram distribuídos pacotes com 13 apostilas de geografia do Brasil. E, por fim, deve ser aberto em janeiro de 97 centro de estudos sobre o Brasil na Universidade de Oxford, que terá pesquisadores brasileiros por pelo menos cinco anos. "Essas ações são projetos estratégicos, pois conectam o Brasil com o que há de melhor aqui. E a educação é a maneira de atrair os ingleses", disse à Folha o embaixador do Brasil em Londres, Rubens Barbosa. Imagem superficial Durante o 2º grau inglês, as turmas têm que escolher um país em desenvolvimento para estudar, e o Brasil é o mais escolhido, segundo o responsável pela área educacional da BBC, Christopher Durben. "A imagem dos ingleses sobre o Brasil ainda é muito superficial", afirmou Durben, que coordenou a série da BBC sobre o Brasil. Após o fim de cada programa, um locutor anuncia que a fita está à venda na BBC para as escolas interessadas. Os temas são o Rio (destaque para a favela da Rocinha e para a Barra da Tijuca, ambas na zona sul), agricultura, trabalho e recursos. "Eles mostram cidades que a maioria dos ingleses nunca vai conhecer", diz Durben. Para o embaixador, essa é a melhor maneira de chamar turistas. "A imagem mostrada na série é real. Mostra os problemas e as qualidades do Brasil, sem estereótipos", disse Rubens Barbosa. A BBC pretende ampliar o Brasil 2000, como foi chamado o projeto do vídeo, e criar uma página na Internet (a maior rede de computadores do mundo) sobre o projeto. Brasil nas Escolas No caso da série da BBC, o governo brasileiro apenas deu apoio, mas pagou todo o Brasil nas Escolas, o projeto que fez e distribuiu os pacotes sobre geografia. Foram gastos R$ 300 mil para contratar professores ingleses -indicados pelo Ministério da Educação inglês- para redigir e imprimir as apostilas. "Sabíamos que para ter impacto tínhamos que fazer um material muito bom", disse Barbosa. Para obter informação sobre qualquer desses projetos, o endereço na Internet da Embaixada do Brasil em Londres é http;//www.demon.co.uk/Itamaraty Texto Anterior: Chá da toquinha seduz insones Próximo Texto: Centro vai custar R$ 1 milhão Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |