São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996 |
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Barros dá prioridade ao 'prazer pessoal'
MÁRIO MOREIRA
"Eu corro pensando primeiro em me divertir. Depois é que vêm todos os interesses envolvidos, inclusive os financeiros e a colocação no campeonato." Barros, que completará 26 anos no próximo dia 18, se sente com a missão de despertar o gosto dos brasileiros pelo motociclismo. "Estou tentando que ele se torne um esporte tão interessante quanto o automobilismo. Acho que o interesse vem crescendo." Para o piloto, o que falta para essa popularização é o surgimento de um ídolo brasileiro no motociclismo."No automobilismo, já temos um currículo." Barros diz que possui uma torcida organizada em São Paulo, a TAB (Torcida Alexandre Barros), mas não sabe quantas pessoas a integram. A perspectiva de o Brasil ficar sem o direito de abrigar uma das etapas do Mundial preocupa o piloto. "Seria uma grande perda." Há cinco anos correndo nas 500 cilindradas, o brasileiro só venceu uma corrida até hoje: o GP da Federação Internacional de Automobilismo, no circuito de Jarama (Espanha), em 93. Neste ano, ele chegou a liderar o campeonato após as duas primeiras provas, quando conquistou dois segundos lugares. Os resultados foram obtidos nas provas disputadas na Indonésia e na Malásia, respectivamente. Clima Barros atribui sua queda gradual na classificação -ocupa o quarto lugar- à "inexperiência" de sua equipe, que estreou nas 500 cilindradas, e à chuva. "Choveu em praticamente todas as corridas. Para uma equipe sem tanta experiência, fica mais difícil acertar a moto. A gente tinha sempre que tentar uma solução que não sabia se daria certo." O dono da escuderia, o italiano Francesco Pileri, disse esperar que, diante dos resultados já obtidos, Barros se torne campeão mundial até 1998. "O Michael Doohan (atual tricampeão) é hoje o número 1, mas não é imbatível", disse Francesco Pileri. (MMo) Texto Anterior: Rio dá calote e deve ficar sem o GP em 97 Próximo Texto: Indy também pode sair do Rio Índice |
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