São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996 |
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Esporte atrai profissionais de sucesso Trabalho não impede aventuras SÉRGIO KRASELIS
Entre os profissionais bem-sucedidos, mesmo dedicando até 12 horas diárias ao trabalho, muitos encontram tempo até para desenvolver uma carreira paralela no esporte. E, em alguns casos, também ali alcançam o sucesso. Um desses exemplos é a modelo paulistana Valéria Zoppello, 22. Capa em diversas revistas brasileiras, contratada exclusiva da Agência Ford, uma das mais conceituadas do mundo, ela acabou dividindo a carreira com atividades esportivas. Campeã paulista de caratê, Valéria adotou a arte marcial há dez anos no clube Espéria, onde jogava vôlei. "Sempre gostei de esportes. Decidi participar da seleção do clube e acabei convocada para a seleção paulista", conta Valéria. "Tinha medo de lutar e se você não tem coragem não chega a lugar algum", recorda. Namorada do vocalista Dinho, dos Mamonas Assassinas, que morreu ao lado dos demais integrantes da banda num acidente aéreo em março deste ano, Valéria fica com lágrimas nos olhos ao contar as "doideiras" que fazia ao lado dele. "Adorávamos correr de kart, e ele não me deixava ultrapassar. Mas acabei superando ele diversas vezes nas pistas", diz. O prazer de correr a levou às pistas profissionais, onde bateu oito recordes. Mas também provocou um susto. Há três meses, em Itu, ao tentar ultrapassagem em uma curva, Valéria teve seu carro tocado na dianteira pela roda traseira do rival. "Foi um susto daqueles", afirma a modelo, que em breve deve estrear um programa infantil na TV Record. Velocidade Vice-presidente do Banco Itamarati, adquirido recentemente pelo BCN, Antonio Hermann, 42, tem predileção especial por correr de carro. No início dos anos 70, corria de kart ao lado de Chico Serra e Nélson Piquet. Os dois pilotos, num determinado momento, decidiram ir em busca das pistas européias. Hermann optou por terminar a faculdade de administração e seguir carreira no mercado financeiro. "Só voltei a correr a convite do Emerson Fittipaldi, em meados dos anos 80, em uma prova da categoria supersênior de kart." Alternando sua atividade de banqueiro, ele recebeu em 93 convite para correr de Porsche nas Mil Milhas de Interlagos, com o austríaco Franz Conrad. Venceram. "O Franz me convidou para correr com ele as 24 Horas de Nurburgring, na Alemanha", conta o banqueiro, que acabou de novo no lugar mais alto do pódio da prova numa das pistas mais longas e difíceis do mundo, por suas curvas. Neste mês, entra a bordo do carro da marca italiana para disputar as 3 Horas de Daytona, EUA. Texto Anterior: Indy também pode sair do Rio Próximo Texto: Malhar é o que interessa Índice |
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