São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996 |
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As mil cabeças de Pablo
MARIO CESAR CARVALHO
Faz 42 anos que tantos Picassos passaram por São Paulo. Foi na 2ª Bienal, que expôs até "Guernica". Picasso ressuscita de dez em dez anos porque sua obra -principalmente a dos anos 10 e 20- ainda não foi digerida adequadamente. Nesse sentido, nada mais simplista do que tratá-lo como um zumbi do modernismo. Picasso resiste a essas camisas de força. Poderia ter sido reduzido a zero depois que encarnou o papel de "o último herói da pintura", o modernista que foi transformado em bufão para encantar e assustar as massas. Quem virou sinômino da suposta maluquice da arte moderna e resistiu a isso, suporta quase tudo. Picasso é o comigo-ninguém-pode da arte moderna. Texto Anterior: Zapping e o século 21 Próximo Texto: As mil cabeças de Pablo Índice |
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