São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996 |
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Esporte de ação é fonte de lucro Radical 'Bungee jump' já é mania em SP PRISCILA LAMBERT
O "bungee jump"(equipamento em que a pessoa fica presa por uma corda elástica e salta de uma altura de 40 metros) tem atraído centenas de pessoas em São Paulo. As plataformas de salto -instaladas em caminhões guindastes- estão em três pontos da cidade: nas avenidas Sumaré, Ibirapuera e atrás do shopping center Norte. Marcelo Preto, 31, junto com seus sócios Ivan Bertazzo e André Cury, da Bungee Jump do Brasil, foram os primeiros empresários a trazer o equipamento ao país. Segundo Preto, o negócio gera faturamento entre R$ 20 mil e R$ 70 mil -em meses com média de cem saltos por dia. A margem de lucro varia entre 30% e 40%. "No verão, vamos levar o "bungee jump" para o litoral, onde 150 pessoas por dia devem experimentar o equipamento." A empresa de Preto, além de organizar os saltos, vende os acessórios necessários -todos norte-americanos- para a montagem desse negócio. Quatro jogos de corda elástica, quatro jogos de cabo de aço, colchão de ar para ser colocado no piso, dois ventiladores, gaiola para transportar pessoas e cintos de segurança custam R$ 38 mil. Para instalar um "bungee jump", é necessário um terreno com área livre de 2.000 m2. O equipamento ocupa cerca de 300 m2. O empresário terá gastos com aluguel do terreno e pagamento de, no mínimo, quatro funcionários. Vai precisar ainda alugar um guindaste -que custa cerca de R$ 500 por dia- ou uma grua (aparelho em forma de "T", usado para levantar pesos) -com aluguel mensal em torno de R$ 4.000. Para incrementar o negócio, empresários do setor transportam o equipamento para eventos e festas. Eliezer Shoel, 22, dono do "bungee jump" da av. Sumaré (zona oeste de São Paulo), diz que o número de saltos duplica em eventos. Cuidados O equipamento, se operado dentro de padrões de segurança, não oferece riscos. Cada corda elástica suporta 1.500 saltos. É importante manter sempre um jogo extra para eventuais substituições. O empresário deve ter um documento de responsabilidade técnica, assinado por um engenheiro mecânico, e manter no local um médico de plantão. O ortopedista e especialista em medicina esportiva Victor Matsudo afirma que o esporte não deve ser praticado por cardíacos nem hipertensos. Segundo ele, ao saltar de ponta-cabeça, as vísceras pressionam o diafragma (músculo que separa o tórax do abdômen), podendo causar problemas respiratórios e até cardíacos. "Isso não significa que quem saltar terá problemas. É apenas um alerta para quem já tem alguma alteração na saúde." Matsudo adverte que os empresários do setor devem pedir atestado médico aos praticantes do esporte. Texto Anterior: Como montar uma empresa de refeição caseira? Próximo Texto: Empresa procura franqueados Índice |
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