São Paulo, segunda-feira, 7 de outubro de 1996
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Roubo leva menos de dois minutos

Fiel só nota o furto quando pára de rezar

DA REPORTAGEM LOCAL

A enfermeira Carmen de Oliveira Soares, 34, foi vítima dos bandidos que atacam na igreja de Santa Cecília.
Na missa das 10h do dia 22 de setembro, domingo, ela estava rezando ajoelhada enquanto comungava. Quando acabou a oração e voltou ao banco, sua bolsa havia sido furtada.
"Foi muito rápido, eu não fiquei nem dois minutos ajoelhada. O ladrão precisa ser muito incrédulo para aproveitar o momento da comunhão para assaltar", afirmou.
Carmen perdeu todos os seus documentos, um talão de cheque, seu cartão de crédito e cerca de R$ 30 em dinheiro.
A faxineira da igreja de Santa Cecília, Marilza da Cruz Souza, 21, também perdeu a bolsa para os bandidos.
Ela costumava guardar a bolsa na sacristia enquanto limpava a igreja.
"Numa quarta-feira, um homem disse que precisava falar com o padre e eu o deixei entrar na sacristia. Quando fui pegar minha bolsa para ir embora, ela não estava mais lá", contou.
No dia seguinte, a carteira com os documentos de Marilza, que estava dentro da bolsa, foi encontrada a dois quarteirões da igreja.
Mas o dinheiro que portava e a chave de sua casa nunca mais apareceram.
Pescador de esmola
Outro golpe comum nas igrejas do centro é foi apelidado de "pescaria de esmolas" e é praticada principalmente por meninos de rua.
"Os meninos também usam papel com cola para tentar puxar as notas do cofre. Mas isso é mais difícil de conseguir."

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