São Paulo, segunda-feira, 7 de outubro de 1996 |
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Brasil poderá ter 2.000 salas de projeção
FERNANDO PAULINO NETO
Segundo Marcondes, o grupo Severiano Ribeiro é o maior do país, com cerca de 35% das salas de projeção. A estratégia, segundo Marcondes, é ter um preço de ingresso baixo -com consequente redução da margem de lucro- e tentar aumentar a receita levando mais público ao cinema. Marcondes acredita que a grande expansão das salas de cinema no Brasil se dará em shopping centers. Segundo sua avaliação, essas salas deverão responder por dois terços das inaugurações previstas até o último ano do século 20. O Rio é um bom exemplo. A cidade praticamente deu início ao "boom" de cinemas em shoppings, com a inauguração de três salas do grupo Severiano Ribeiro no BarraShopping, em 1981. No ano que vem, os cinemas em shoppings cariocas superarão, em número de salas, os cinemas tradicionais. No ano passado, 42% das 103 salas cariocas estavam localizadas em shoppings. Crescimento vertiginoso O pesquisador da Iplan-Rio (Empresa de Informática e Planejamento do Rio) Sandoval Marques diz que, nos últimos cinco anos, o crescimento de cinemas em shoppings no Rio tem sido "vertiginoso". Em 1991, eram 13 salas, chegando a 43 no ano passado. O total de salas no Rio, no final do ano, deve chegar a 112. Segundo o gerente de marketing do BarraShopping, Luís Alberto Marinho, o presidente do grupo Multiplan (que gere o BarraShopping), José Isaac Peres, chegou a ser criticado em seminário da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), na década de 80, por colocar cinemas em seu shopping. "Naquela época, shopping era um centro de consumo. Agora, é um centro de lazer e entretenimento", disse Marinho, que considera Peres "um verdadeiro visionário". Hoje o BarraShopping tem dez cinemas, cinco do grupo Severiano Ribeiro e cinco da rival Art Films. Grupos estrangeiros Para crescer mais no ano que vem, quando completa 80 anos, o grupo Severiano Ribeiro se uniu ao grupo estrangeiro UCI (United Cinema International), uma associação da Paramount com a Universal para explorar cinemas no Brasil. Serão inauguradas 12 salas em Recife, além de outras 12 em Salvador. Também procuram espaço no mercado brasileiro a norte-americana Cinemax, que está interessada no mercado paulista, a australiana Hoyf e a norte-americana AMC. Texto Anterior: Vera Cruz ganha homenagem na França Próximo Texto: 'PEC' é tendência nos EUA Índice |
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