São Paulo, terça-feira, 8 de outubro de 1996 |
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São Paulo mantém programa gratuito
DA REPORTAGEM LOCAL A Prefeitura de São Paulo mantém um programa de esterilização gratuita para homens e mulheres carentes há um ano.O programa foi criticado pelo Simesp (Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo) e pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), que alegavam que contrariava a ética médica e poderia provocar a esterilização em massa. A Igreja Católica também criticou o programa, por entender que era um incentivo à esterilização. Apesar de todas as manifestações contrárias, a lei que instituía o programa foi aprovada na Câmara Municipal de São Paulo e sancionada pelo prefeito Paulo Maluf em 29 de setembro do ano passado. As duas primeiras cirurgias aconteceram no dia 27 de outubro, no Hospital Municipal do Jabaquara (zona sul). O vigia Nelson Cordeiro, 26 e a faxineira Joana Souza Silva, 35 foram os primeiros a serem operados pelo programa. Hospitais municipais As cirurgias de laqueadura e vasectomia são feitas em todos os hospitais municipais da cidade. Os interessados em passar pela operação devem se cadastrar em uma das Unidades Básicas de Saúde da prefeitura e preencher uma ficha de inscrição. Comprovando carência financeira, a pessoa passa por uma avaliação médica e psicológica e só então é autorizado a realizar a cirurgia. A Previdência Social não paga cirurgias de esterilização. PAS A Secretaria Municipal da Saúde não tem dados sobre o número de pessoas já operadas nem do total de pessoas inscritas que aguardam a cirurgia. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, desde a implantação do PAS (Programa de Atendimento à Saúde) o cadastramento e as cirurgias passaram a ser responsabilidade de cada uma das cooperativas que administram os hospitais municipais. Texto Anterior: Esterilização de mulheres cresce 49% Próximo Texto: Deputada do RJ critica dados Índice |
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