São Paulo, terça-feira, 8 de outubro de 1996 |
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Estudantes enviam reclamações a FHC Jovens fazem corrente de cartas DANIELA FALCÃO
A idéia de fazer uma corrente de cartas partiu de dois alunos de escolas públicas do Rio de Janeiro, os primos Mariane Lopes de Souza, 18, e Fábio Lopes Garcia, 18. Em 95, eles ganharam concurso, promovido pela Fundação Odebrecht e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em que os adolescentes deveriam criar material educativo que incentivasse a comunidade a lutar por uma educação melhor. Foram inscritos 924 trabalhos de adolescentes de todo o país. O projeto da corrente de cartas foi eleito o melhor por unanimidade. Até 30 de setembro, o Setor de Documentação do Palácio do Planalto já havia catalogado 370 cartas. Outras 500 já haviam chegado, mas precisavam ser protocoladas. Todas as cartas enviadas ao presidente serão encaminhadas ao MEC (Ministério da Educação e Desporto), que fará análise de conteúdo em conjunto com a Fundação Odebrecht e o Unicef. O resultado final da análise será encaminhado a FHC. Segundo Mariane e Fábio Lopes, o objetivo da corrente é sensibilizar o presidente para os problemas existentes nas escolas brasileiras. Mobilização nas escolas As duas primeiras cartas foram enviadas por Mariane e Fábio. Outros 3.100 estudantes que participaram do concurso receberam um kit com folha de instruções e cinco envelopes com selo. Além disso, Mariane viajou a seis Estados, por conta do Unicef, para explicar a corrente. Na sua carta, Mariane diz sentir e ver que a escola vai mal. "Esse é um problema do nosso tempo, porque a minha mãe dizia que a escola do tempo dela era boa." Para ela, a escola deve ter "professores bem-humorados, que saibam ensinar" e aulas interessantes. Texto Anterior: Promotor vai entrar com ação contra Prefeitura de São Paulo Próximo Texto: Outdoor é içado de prédio por bombeiros Índice |
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