São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 1996 |
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Assembléia
NELSON DE SÁ
Mas o número de participantes foi próximo de três dezenas. A câmera não conseguiu sequer enquadrar todos, precisou correr o salão para mostrar, perdida entre eles, Luiza Erundina. Era a reunião dos petistas para definir o marketing do segundo turno. Uma estratégia que não poderia ser mais vaga, tirada, como foi, em assembléia. Foi assim descrita na Globo: - Erundina vai criticar a atual administração no horário eleitoral, chamar militantes para o corpo-a-corpo nos bairros, intensificar carreatas e minicomícios e aceitar todos os convites para debater com adversários. Nenhuma das decisões carecia de reunião. Quando for o caso de decisões de fato, imagina-se o quórum da assembléia. * A frase da noite anterior já era indicação bastante de que Paulo Maluf deixou-se embevecer pela vitória que ainda não alcançou. Na reprodução da Globo, ontem: - Um dia estaremos em novo endereço e vamos impor o paradigma de trabalho de São Paulo aos 160 milhões de habitantes do Brasil. Explica-se por que não é aceito no restante no Brasil. A frase e o verbo "impor" denotam, para dizer o menos, preconceito. O embevecimento prepotente prosseguiu ontem, no recebimento de apoio tucano -como o deputado a quem o prefeito, na hora da "photo-op", aparentou não dar atenção. E mais, nada de reeleição. Segundo a Globo, "Maluf disse que é favorável a um plebiscito". A exemplo do PT. * Não bastassem prefeitura e governo estadual, a Rede Brasil anunciou que vem aí uma campanha publicitária em defesa do Proer. É para combater a visão de que "foi criado apenas para ajudar banqueiros". Por R$ 10 milhões, é aquilo: - A intenção é destacar a rapidez do governo ao diagnosticar a crise do sistema, criando o Proer para não prejudicar os clientes. É a escola Duda Mendonça. Repetir sem parar até que se torne verdade. Texto Anterior: STF aprova cobrança do imposto do cheque Próximo Texto: FHC cobra empenho nas reformas Índice |
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