São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 1996
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Ministério recebe apoio de diretórios ao "provão"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Paulo Renato Souza (Educação) recebeu de diretórios e centros acadêmicos de direito e administração manifestações de apoio ao "provão" que o governo pretende instituir no final de 96 para universitários formandos.
A UNE (União Nacional dos Estudantes) é contra o "provão". A entidade entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal).
Além disso, pretende fazer um plebiscito entre os estudantes sobre o assunto. A diretoria da UNE defende que os estudantes boicotem o "provão", apesar de ele estar previsto em lei aprovada no início deste ano.
Agora, o ministro quer usar o apoio das lideranças estudantis de direito e administração para neutralizar a oposição da UNE.
O exame será obrigatório no futuro para todos os formandos, mas começará a ser adotado, neste ano, pelos cursos de direito, administração e engenharia civil.
Souza recebeu faxes de apoio ao "provão" dos presidentes de diretórios e centros acadêmicos de direito dos cursos do Estado do Rio.
A diretoria da Federação Nacional dos Estudantes de Administração assinou um artigo em jornal estudantil declarando seu apoio e enviou cópia ao Ministério. O centro acadêmico da administração da USP fez o mesmo.
O "provão" será estendido no próximo semestre aos estudantes de odontologia, veterinária e engenharia química.
A nota do aluno será sigilosa e não terá peso no curso -o aluno pode tirar zero e mesmo assim levar o diploma para casa.
Será utilizado apenas o conjunto das notas, como um dos critérios de avaliação das escolas.
Crueb
Enquanto tenta implementar essa lei já aprovada, Souza enfrenta resistência de reitores sobre a PEC (proposta de emenda constitucional) prevendo a autonomia universitária.
Membros do Crub (Clube de Reitores das Universidades Brasileiras) disseram ontem que não é necessária PEC para garantir autonomia administrativa das instituições federais. Eles disseram que enviarão estudo ao ministro, mostrando que é possível fazer alterações com projeto de lei, o que traria menos risco às universidades.

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