São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 1996
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Ministério fiscalizará as despesas com Aids em SP

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, NO GUARUJÁ

Fiscais do governo federal serão enviados a São Paulo para analisar as despesas relativas à Aids realizadas pela prefeitura com recursos do Ministério da Saúde.
A informação foi dada ontem no Guarujá (SP) pelo coordenador-substituto do Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde, Pedro Chequer.
O ministério ameaça cortar as verbas para Aids destinadas a São Paulo porque, até setembro, o município gastou só 13% dos R$ 2 milhões remetidos pelo governo federal para aplicação este ano em ações contra a doença.
"Vamos mandar alguém de Brasília para verificar 'in loco' que problemas estão acontecendo em São Paulo", declarou Chequer.
José Cláudio Domingos, diretor do programa municipal de Aids em São Paulo, não vê problemas nisso. "Mandar gente para averiguar é comum e ocorre o tempo todo. Auditores do próprio programa e do Ministério da Fazenda vêm e fiscalizam notas fiscais."
Ele disse que a prefeitura já gastou 70% dos recursos, embora ainda não tenha comprovado isso. De acordo com dados do programa nacional, um terço dos doentes de Aids no Brasil estão em São Paulo.
"São Paulo poderia receber muito mais recursos, mas à medida que não apresenta desempenho, vamos mandar os recursos para quem desempenha", afirmou Chequer. Ele afirmou que a não-utilização do dinheiro disponível para Aids é prejuízo ao país.
O programa é financiado pelo Banco Mundial, a partir de um empréstimo firmado entre o governo e o banco em março de 94.

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