São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 1996
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NE negocia incentivos para montadoras

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Parlamentares do Nordeste estão negociando a inclusão de incentivos à instalação de montadoras de automóveis na região em medida provisória (MP) a ser editada pelo governo.
O presidente Fernando Henrique Cardoso vai também definir na medida uma política industrial para setores como papel e celulose.
O texto da MP está sendo discutido pelo senador Waldeck Ornelas (PFL-BA) e pelo deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) com o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo (MICT), com a Secretaria Especial de Políticas Regionais e com a Casa Civil.
Aleluia disse à Folha que "dentro de quinze dias" a versão final da MP será submetida ao presidente.
Pela proposta dos parlamentares, o governo apelaria para os incentivos regionais como forma de escapar de sanções da OMC (Organização Mundial de Comércio), entidade contrária ao protecionismo à indústria automobilística brasileira.
A idéia é estender por mais cinco anos no Nordeste o modelo em vigor para a indústria automobilística, que se esgota em 1999.
O governo fixou cotas de importação de veículos. As montadoras podem importar de acordo com o volume exportado.
Aleluia disse que o presidente prometeu aos governadores do Nordeste estabelecer mecanismos que estimulem a instalação de fábricas de automóveis para a região.
Estudos
Os estudos da equipe econômica demonstram que Bahia, Pernambuco e Ceará são os Estados que apresentam melhores condições econômicas para abrigar montadoras.
As condições são: portos adequados para escoamento da produção e presença de segmentos do setor de autopeças.
Por este motivo, os três estados já estão negociando com montadoras como a Honda, Mitsubishi e Toyota.
Negociações
Até agora, não houve decisão se o estímulo para montadoras no Nordeste será amplo ou restrito à fabricação de utilitários.
O governo também incluirá na medida provisória mecanismos de incentivo à indústria de papel e celulose, que ainda não foram definidos.
Um dos principais obstáculos é a oposição da Secretaria da Receita Federal.

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