São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996
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PIB cresce e pobreza aumenta no país

RODRIGO BERTOLOTTO
DE BUENOS AIRES

A Argentina recuperou seu crescimento econômico, após um ano de queda em seu Produto Interno Bruto (total de bens e serviços produzidos por um país). Mas os argentinos migram para baixo do que os estatísticos chamam de nível de pobreza.
Essa é a conclusão de dois levantamentos divulgados nesta semana. O Ministério da Economia anunciou que, no segundo trimestre de 96, o PIB cresceu 2,6%.
Por seu lado, o Indec, principal instituto de estatísticas do país, veiculou que, entre maio de 1995 e o mesmo mês em 1996, a Grande Buenos Aires ganhou mais 500 mil pobres.
A Argentina vive desde abril de 1995 um período de recessão, com quedas contínuas no PIB, devido ao impacto da crise mexicana.
Apesar do crescimento, o acumulado no primeiro semestre ainda é negativo: - 0,2%, já que, no primeiro trimestre de 96, houve um recuo de 3,2% no PIB.
A retomada econômica deve-se ao crescimento dos investimentos financeiros, da atividade industrial e do setor agropecuário -os dois últimos impulsionados pela exportação, já que o consumo interno sobe muito lentamente.
Empobrecimento contínuo
A Grande Buenos Aires, que concentra 11,4 milhões dos 35 milhões de argentinos, apresenta, desde maio de 94, um aumento contínuo do empobrecimento de sua população.
Em maio de 94, 16,1% da população era considerada pobre. O número subiu, em outubro do mesmo ano, para 19%.
Em 1995, o número de pobres subiu para 22,2% (dados de maio) e 24,8% (outubro).
O mais recente levantamento indica a existência de 26,7% de pobres na população da região.

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