São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996
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Alemanha quer liderar privatização no Brasil

ANTONIO CARLOS SEIDL
DO ENVIADO ESPECIAL A COLÔNIA (ALEMANHA)

O ministro da Economia da Alemanha, Gunter Rexrodt, anunciou ontem o início de uma terceira onda de investimentos alemães no Brasil na esteira do processo de privatizações do governo brasileiro.
A declaração foi feita na abertura de um seminário sobre investimentos alemães na América Latina, que faz parte da "Semana da América Latina", promovida pela rede pública de radiodifusão alemã Deutsche Welle, em Colônia.
As duas primeiras ondas de investimento alemão no país ocorreram nas décadas de 50 e 70, seguidas de uma estagnação na "década perdida" dos anos 80.
Qualificando o programa brasileiro de privatização de "ambicioso", Rexrodt conclamou os empresários alemães a liderar a presença do capital estrangeiro na desestatização brasileira.
O ministro disse que a Alemanha não teve participação significativa nas privatizações na Argentina e no México porque, na ocasião, cerca de dois a quatro anos antes, estava com as atenções e recursos voltados para o processo de reunificação alemã.
Segundo Rexrodt, os empresários alemães não podem deixar a privatização brasileira passar despercebida, porque "oportunidades como essa não vão aparecer outra vez tão cedo".
Rexrodt destacou a privatização do setor elétrico, a abertura do mercado de telefonia celular e as concessões da administração de rodovias, ferrovias e portos como as oportunidades "mais interessantes" para o setor privado.
A Alemanha ocupa o segundo lugar entre os países que mais investem no Brasil. Os investimentos, em termos de estoque em 31 de dezembro de 1994, situavam-se em torno de US$ 10,4 bilhões, de acordo com dados do Banco Central. Isso representa cerca de 13% do total dos investimentos estrangeiros no Brasil. (ANTONIO CARLOS SEIDL)

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