São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996
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Equívoco; Esquecimento; Bofetada; Comparação incorreta; Cair na real; Pretensão; Na surdina; Mal-entendido; Mudanças

Equívoco
"Li, com efetiva surpresa, notícia publicada na Folha de 10/10 sob o título 'Petrobrás quer MTBE no lugar do anidro'.
Desejo informar que o repórter, autor da notícia, cometeu um inegável equívoco, pretendendo, quem sabe, produzir dúvida que em hipótese alguma existe.
A nossa posição é de que o produto MTBE, produzido pela companhia, destina-se à exportação, o que já vem efetivamente ocorrendo.
O que a legislação nacional estabelece como aditivo a ser misturado à gasolina distribuída em todo o país é o álcool anidro. O cumprimento dessa determinação é ponto pacífico.
Tenho pela Folha e pelos milhares de leitores deste jornal respeito e admiração. Por essa razão especial, julgo indispensável restabelecer a verdade."
Joel Mendes Rennó, presidente da Petrobrás (Rio de Janeiro, RJ)

Esquecimento
"Ao comentar a relação dos eleitos em 242 municípios paulistas com apuração já concluída, a Folha de 9/10 (pág. 12) mencionou que o PSDB elegeu 'quase 70 prefeitos', o PMDB 'menos de 50', o PPB fez 32 prefeitos e o PT conquistou 5 prefeituras.
A Folha esqueceu de somar os eleitos pelo PFL (30 prefeitos), cujo grande crescimento representa importante fato novo na política paulista."
Mauro Salles, publicitário (São Paulo, SP)

Bofetada
"Nomear Pedro Franco de Campos para selecionar promotores públicos, que vão defender a justiça, inclusive contra os atos do poder, é mais uma bofetada na sociedade.
Qual a contribuição desse senhor para a sociedade brasileira e paulista? Moralmente sustenta-se essa indicação? E os 111 do Carandiru que, em tese, também eram de responsabilidade desse senhor, caso algum dos concursandos proponha como resposta algo semelhante ao procedimento do ex-secretário será aprovado?
Esperamos que para a manutenção da credibilidade das instituições essa decisão seja revista. Um episódio como o do massacre do Carandiru não tem como ser esquecido. Pedro Franco de Campos, enquanto esse crime estiver impune, também não!"
Roberto Francisco Reardon, padre, da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de São Paulo, seguem-se mais nove assinaturas (São Paulo, SP)

Comparação incorreta
"A Folha de 6/10, ao deixar implícita a comparação da atividade de um médico com a de um 'vendedor de geladeira' ou do 'corretor de imóvel', errou várias vezes.
A saúde das pessoas jamais será comparável a qualquer produto comercial.
Não se trata de querer esconder a falha dos médicos. Trata-se de buscar o caminho certo para corrigir essas falhas.
E desmoralizar a imagem dos médicos indiscriminadamente, como temos visto com frequência na imprensa, além de ser inútil na busca de uma solução para o problema agrava-o ainda mais, ao criar uma desconfiança generalizada entre médicos e pacientes."
Juvenal Setolin, presidente do Fórum de Defesa Profissional do Centro Médico de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP)

Cair na real
"No seu artigo sobre geração de emprego, o professor Delfim Netto tenta mostrar que R$ 4.000 em demanda no setor de calçados gerariam um emprego. Daí, já fez um cálculo de R$ 1 bilhão e tome 200 mil empregos!
Pergunto ao brilhante economista: quanto custa, por ano, um trabalhador de salário mínimo? Respondo: segundo a indústria, custaria R$ 112 x 1,92 x 12 = R$ 2.580,48.
Duvido que alguém ganhe salário mínimo, mas, ainda assim, sobrariam R$ 1.419,52/ano para impostos, matéria-prima, embalagem, transporte, lucro etc.
Caia na real, sr. Delfim. Saia de Brasília e conheça o Brasil."
Paulo Tadeu França Danese (São Paulo, SP)

Pretensão
"Lendo a coluna de Clóvis Rossi de 9/10 ('A lei FHC'), não me contive, levantei em plena condução e aplaudi, pois senti ser o mínimo que podia fazer.
Espero que os citados no texto também tenham lido e sentido um pouco de vergonha (que pretensão besta a minha).
Tirei várias cópias, distribuí, colei, panfletei para que muitos companheiros de serviço (admiradores do governo FHC) pudessem cair 'na real' e não 'no Real'."
Raul Cesar dos Santos (Santos, SP)

Na surdina
"A Folha de 25/9 informou que o governo vai investir no porto de Sepetiba R$ 150 milhões. Nada diferente do projeto Pólo Rio, onde a Petrobrás está sendo 'convidada' a participar de 30% do projeto, ou seja, investir R$ 270 milhões.
Enquanto isso, a iniciativa privada fica escondida esperando as obras serem concluídas para delas se apropriar usando as tais moedas podres compradas com financiamento do BNDES.
Assim, levianamente, grupos de privilegiados vão se apropriando das riquezas nacionais."
Paulo Francisco Albuquerque (Rio de Janeiro, RJ)

Mal-entendido
"Quando o 'Painel do Leitor' publicou (30/9) uma resposta da leitora Cristina van Wanrooij, percebi que a leitora não lera os artigos que minha carta comentara e, devido ao 'mal-entendido' (dela), resolvi ignorá-la.
Mas quando deparei com a carta estúpida do leitor Waldir Fernandes Júnior (6/9), conscientizei-me de que o mal-entendido prosseguia, e produzia grosserias... além de malícia por parte da Folha, que 11 dias depois publicou esta última no domingo (mais de 1 milhão de exemplares).
Se Cristina e Waldir tivessem lido minha carta, sem preconceitos e com relativa inteligência, teriam entendido que minha reclamação fora dirigida à própria Folha, e não aos senhores citados (rabino Sobel, sr. Levin e sr. Pinsky), que jamais desrespeitei."
Mohamad Ahmad Abou Fares, conselheiro de Cultura e Informação para o Brasil e América do Sul da Liga Islâmica Mundial (Curitiba, PR)

Mudanças
"Vários artistas trocam de emissoras. Jogadores e técnicos trocam de times. E assim vai...
E a Folha, não está na hora de trazer outros jornalistas?"
Maurício Domingues Sant'Anna (Poá, SP)

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