São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996
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Erundina aprova governo de coalizão com PSDB, PMDB e outros partidos

ANA MARIA MANDIM
DA REPORTAGEM LOCAL

A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, aprovou a formação, no segundo turno, da frente democrática proposta pelo ex-governador de São Paulo Franco Montoro (PSDB-SP).
A frente -integrada pelo PT, PSDB, PMDB e os partidos que apoiaram a petista no primeiro turno- seria a base de futuro governo de coalizão. "A proposta é perfeitamente justa e adequada."
Erundina disse que seu programa eleitoral será ampliado com idéias e propostas de técnicos e personalidades dos partidos que integrarem a frente.
"Queremos reforçar e enriquecer nosso programa. Agora não é mais só um programa da 'Frente Sim por São Paulo'. É o programa dessa frente democrática que também vai governar a cidade a partir de 1º de janeiro."
Erundina disse que a frente democrática "será ampla e construirá um projeto para a cidade que irá além dos quatro anos de governo".
A candidata reuniu-se às 11h30, no comitê central de sua campanha, com o senador Roberto Freire (PPS-PE). Acompanhado de dirigentes do PPS, Freire foi levar o apoio de seu partido à petista.
No primeiro turno, o PPS apoiou o candidato do PSDB, José Serra. O partido, segundo a direção, tem 18 mil filiados em São Paulo. Erundina disse que os do PPS são "primos-irmãos" dos petistas.
A petista continua a encontrar-se com lideranças do PSDB de São Paulo. Hoje se reunirá com os vereadores Ricardo Trípoli e Ana Maria Quadros. Na segunda-feira, conversará com os deputados Renato Amary (estadual) e Antonio Carlos Pannunzio (federal).
Pedido para processar
A direção nacional da Juventude do PSDB (que reúne militantes entre 16 e 32 anos) anunciou que vai entrar com pedido de processo na Comissão de Ética do partido contra o vereador-eleito Pierre de Freitas, 21.
Segundo o diretor do grupo, Fernando Guimarães, 21, Freitas não poderia ter declarado apoio a Celso Pitta (PPB) antes de decisão partidária. "Se ele for condenado, poderá ser expulso do partido."
Procurado pela Folha, Freitas disse, por meio de sua assessoria, que ainda não havia recebido comunicação oficial do partido e, por isso, não se iria se manifestar.

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