São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996 |
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Tendência do PSDB é liberar voto no PT
EMANUEL NERI
Vários líderes do PSDB trabalhavam ontem com essa possibilidade, entre eles o deputado José Aníbal, líder do partido na Câmara. Isso enfraquece a proposta do ex-governador Franco Montoro de formar um governo de coalizão. A tendência de liberação dos tucanos, com opção de voto em Erundina, não agrada ao PT. A lei eleitoral exige apoio formal dos partidos a um candidato no segundo turno para que seus líderes manifestem apoio no horário de TV. O programa de TV do PT gostaria de levar ao ar depoimentos de Montoro e de outros líderes tucanos com manifestações de apoio a Erundina. A tarefa é inviável caso o PSDB não formalize seu apoio, inclusive com registro na Justiça. Apoio de Motta Principal crítico de Paulo Maluf no primeiro turno, o ministro Sérgio Motta, das Comunicações, é um dos tucanos que pretendem apoiar publicamente Erundina. Na fase anterior da campanha, a petista foi alvo de Motta. O ministro disse que Erundina estava na "menopausa". Mas aparentemente Motta se arrependeu. Encerrada a apuração, mandou uma cesta de flores para a petista. "Parabéns. Sem ressentimentos", disse, no cartão que escreveu, junto com a mulher e as filhas. No cartão, Motta chama Erundina de "guerreira". Sua idéia era sair do hospital, em que se internou para curar uma pneumonia, e se encontrar com a petista. Mas vai aguardar a decisão da convenção do PSDB, no próximo dia 18. Mesmo no hospital, Motta tem reclamado muito da operação pró-Pitta montada pelo ministro Luiz Carlos Santos (Coordenação Política). O ministro achou a iniciativa "desastrosa". Não acredita que ela tenha o aval de FHC. Para Motta, a operação de Pitta teve efeito contrário. Indignados, setores do PMDB e do PSDB caminharam em direção a Erundina. Texto Anterior: Petista busca votos de ricos dos Jardins Próximo Texto: TSE decide manter cédulas impressas Índice |
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